As duas unidades gaúchas e a matriz, em São Paulo, foram indiciadas por crimes contra animais, conforme a Lei.
BRUNA VIESSERIPORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Sete colaboradores da rede de petshop Cobasi foram acusados, nesta quarta-feira (12), pela morte de animais deixados dentro das lojas durante a enchente que atingiu Porto Alegre. As duas lojas no Rio Grande do Sul e a sede, em São Paulo, também foram indiciadas, por meio dos CNPJs.
A triste situação envolvendo a morte de animais gerou revolta entre os defensores dos bichos e defensores dos seres vivos. A importância de cuidar dessas preciosas criaturas deve ser sempre prioridade, e a justiça deve ser feita para garantir a segurança e o bem-estar de todos os animais.
Investigação de Maus-Tratos a Animais na Cobasi
O indiciamento ocorreu conforme a Lei de Crimes Ambientais, que visa punir quem pratica atos de crueldade contra os animais. A legislação estabelece penas que vão de detenção a multas. Em situações extremas, como a morte dos seres vivos, as penalidades são agravadas, especialmente em eventos como inundações.
Desafios em Abrigos de Animais no Rio Grande do Sul
Os abrigos de animais no RS enfrentam dificuldades, como a escassez de voluntários, doenças e exaustão. A polícia estima que quase 200 unidades que estavam disponíveis para venda tenham perecido, incluindo aves, roedores e peixes. No estabelecimento localizado no subsolo do shopping Praia de Belas, foram encontradas 38 carcaças, embora a lista de animais do estoque aponte a presença de 175 criaturas, que acabaram submersas. A outra unidade da Cobasi, na avenida Brasil, registrou a morte de pelo menos uma ave e alguns peixes.
Despreparo da Cobasi em Situações de Emergência
A delegada responsável pelo caso, Samieh Saleh, destacou a falta de preparo da Cobasi para lidar com situações de emergência envolvendo os animais. A empresa não tinha um plano de contingência para proteger as criaturas e não agiu para resgatá-las durante a inundação. A morte dos bichos só foi descoberta após a intervenção da ONG Princípio Animal, que obteve autorização judicial para acessar o local.
Ações da Cobasi Durante a Inundação
Os gerentes das lojas gaúchas afirmaram ter deixado comida e água em maior quantidade para os animais antes da evacuação, porém, essa medida não foi suficiente para garantir a sobrevivência dos seres vivos. Enquanto isso, equipamentos eletrônicos foram relocados para locais mais altos, evidenciando uma priorização inadequada por parte dos funcionários.
Falta de Orientação da Matriz da Cobasi
Segundo a polícia, os responsáveis pelo escritório da Cobasi em São Paulo tinham conhecimento da situação dos animais nas lojas de Porto Alegre, mas não deram instruções para o resgate. Em depoimento, um representante do shopping afirmou ter oferecido acesso à unidade para verificar a situação dos animais, porém, a falta de ação efetiva por parte da empresa foi evidente.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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