ISM gestão de oferta: April, 49,4%, abaixo de 52, PMI de compras, setor de serviço; Estados Unidos; Análises: contração económica, mais fraca, ciclo de corte; Juros baixos, consumidor favorável; Inflação persistente, primeiro trimestre: gastos, segundos: trabalho, juros, tensões geopoliticas.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, sigla em inglês), responsável por avaliar a atividade do setor de serviços dos Estados Unidos, registrou uma queda de 51,4 em março para 49,4 pontos em abril, conforme divulgado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, sigla em inglês). Esse resultado ficou abaixo da projeção de 52 pontos feita por especialistas.
Essa queda no PMI indica uma desaceleração significativa nos negócios de serviços, o que pode impactar a economia de forma mais ampla. Os índices de atividade estão influenciando as decisões no mercado atual.
O impacto da contração do PMI nos Estados Unidos
O recente dado divulgado revelou uma contração no setor nos Estados Unidos, algo não visto desde dezembro de 2022, com o PMI ficando abaixo de 50 pontos. Esta leitura, que indica uma atividade mais fraca nos negócios e nos serviços, tem repercussões significativas no cenário econômico. A última vez que houve uma contração semelhante foi em maio de 2020, durante o auge da pandemia de covid-19.
Para os investidores, essa notícia pode ser bem recebida, especialmente para os ativos de risco, como ações. Uma economia enfraquecida tende a reduzir as preocupações com a inflação e, por sua vez, abre espaço para um possível ciclo de corte de juros mais cedo do que o previsto. A expectativa do mercado é que o Banco Central dos EUA inicie esse ciclo de baixa já em setembro.
Matthew Martin, economista da Oxford Economics, expressa certa tranquilidade em relação ao índice de gerentes de compras. Ele enfatiza que a fraqueza no crescimento do PIB no primeiro trimestre provavelmente será compensada nos próximos meses. O consumo continuará a impulsionar a economia, beneficiado por um mercado de trabalho favorável.
No entanto, fatores como a inflação persistente, perspectivas de taxas de juros mais altas e tensões geopolíticas ainda pairam sobre o cenário econômico. Ainda assim, a expectativa é de que esses riscos diminuam gradualmente ao longo do ano, o que poderá resultar em uma visão mais otimista do ambiente empresarial.
Após atingir o seu nível mais baixo em dois anos em março, o índice de preços inverteu a tendência de queda no mês seguinte. Com uma inflação persistentemente alta e um vigoroso crescimento econômico, os membros do Federal Reserve dos EUA devem adotar uma abordagem cautelosa em relação aos cortes de juros.
Apesar disso, a expectativa é que o banco central esteja em posição de iniciar a redução das taxas ainda neste ano, possivelmente a partir de setembro. Os próximos meses trarão mais clareza quanto às ações que serão tomadas, refletindo a dinâmica contínua do mercado financeiro e da economia global.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo