No menos 84 pessoas morreram em ações policiais militares. Mortes em operação “Escudo” em intervalos demorados e imediatas, no verão. Variações de grandes encrencaços encontrados. Grande número de vítimas: 84. Operação “Escudo”: mortes policiales durante verão. Delayed and immediate intervals. Variations in large encounters. 84 fatalities in police operations “Escudo” during summer. Delayed and immediate intervals. Large-scale encounters variations.
(AGÊNCIA BRASIL) – Agentes de segurança pública que atuaram em operações com desfechos trágicos no litoral paulista de agosto de 2023 a março de 2024 demoraram várias horas para comunicar os eventos para as autoridades responsáveis – mesmo com uma diretriz do governo estadual exigindo que essa comunicação seja feita de forma imediata.
No entanto, a importância da comunicação rápida e eficiente nessas situações não pode ser subestimada, pois é crucial para garantir que as investigações sejam conduzidas de maneira adequada e transparente. Além disso, a falta de informação imediata pode comprometer a integridade das apurações e prejudicar a confiança da população nas instituições de segurança pública.
Problemas com a Comunicação na Área da Segurança
Uma demora na comunicação pode causar problemas graves. Em situações de investigação, a falta de informação imediata pode dificultar o andamento dos processos e até resultar em crimes como fraude processual. A análise de boletins de ocorrência pela Folha de S.Paulo revelou uma grande variação nos tempos de comunicação de incidentes às autoridades responsáveis.
Um exemplo preocupante foi registrado em 28 de janeiro, quando policiais militares demoraram quase 13 horas para notificar a Polícia Civil sobre um incidente. Esse intervalo de tempo, do registro da ocorrência às 9h40 até a comunicação às 22h39, foi o mais longo encontrado. Essas situações ocorreram durante operações policiais como o Escudo e o Verão na Baixada Santista.
Durante essas operações, ao menos 84 pessoas foram mortas por policiais militares, evidenciando a gravidade da situação. O aumento de 138% no número de mortes por PMs em serviço em São Paulo comparado ao ano anterior é alarmante. A comunicação imediata de eventos é essencial para garantir transparência e agilidade nas investigações.
A disparidade no tempo de aviso entre incidentes fica evidente ao comparar a demora na comunicação do caso de 28 de janeiro com a rapidez na notificação da morte do soldado Patrick Bastos Reis, que desencadeou a Operação Escudo. As diferenças nos prazos geram questionamentos sobre os procedimentos e protocolos adotados pelas autoridades.
O atraso na comunicação de ocorrências críticas, como a morte de dois homens em janeiro, levanta questões sobre a eficiência e coordenação das forças de segurança. Enquanto alguns profissionais defendem um intervalo tolerável de até quatro horas para comunicar eventos, outros acreditam que um aviso deve ser feito em no máximo uma hora e meia.
Para garantir uma resposta adequada, a Secretaria da Segurança Pública exige que as instituições envolvidas em investigações de mortes por intervenção policial sejam notificadas imediatamente. A lista de órgãos a serem informados inclui centros de operações, autoridades policiais, corregedoria e Ministério Público, destacando a importância da cooperação e da transparência.
Apesar dos desafios encontrados na comunicação, as autoridades afirmam buscar otimizar os processos sempre que possível. Fatores como circunstâncias do incidente, local de difícil acesso e procedimentos periciais podem influenciar nos tempos de aviso. A colaboração entre os órgãos envolvidos e a análise cuidadosa de cada ocorrência pelo Ministério Público são fundamentais para a investigação eficaz e justa.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo