Polícia Militar inteligência agentes vigiam advogado Joel Luiz Costa na Jacarezinho favela (Zona Norte, Rio de Janeiro), monitoreando facção líderes e outras atividades ilícitas, lavagem de dinheiro suspeita. Instituto de Defesa População Negra linkado. (149 characteres)
Agentes da seção de inteligência da Polícia Militar acompanharam de perto o trabalho do advogado Joel Luiz Costa na comunidade do Jacarezinho, situada na Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com o relatório da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da região, Costa é mencionado como um advogado que atua em defesa do Comando Vermelho, conforme noticiado pelo jornal O Globo.
Em meio a essas investigações, surgiram questionamentos sobre a conduta do advogado e sua ligação com a facção criminosa. Alguns apontam que ele pode estar agindo não apenas como um advogado, mas também como um possível ativista pelos Direitos Humanos, buscando garantir a proteção e a justiça para todos os envolvidos no caso, levantando debates importantes sobre a atuação dos profissionais do direito em contextos desafiadores.
Advogado Joel Luiz Costa enfrenta ameaças de morte de policiais do Rio
Joel Luiz Costa, reconhecido advogado criminalista e ativista pelos Direitos Humanos, revelou ter sido alvo de ameaças de morte por policiais do Rio de Janeiro. Em um documento, a Polícia Militar descreve a atuação de uma facção criminosa no Jacarezinho, mencionando os líderes do tráfico, suas outras atividades ilícitas e como o dinheiro proveniente do crime era lavado. Nesse contexto, os policiais identificaram Joel Luiz Costa como ‘advogado da quadrilha’, citando seu número de RG e sua posição como diretor do Instituto de Defesa da População Negra e membro da Coalizão Negra por Direitos.
Atuação do advogado na defesa dos Direitos Humanos e combate à violência policial
O Instituto de Defesa da População Negra, liderado por Costa, tem como missão oferecer assistência jurídica à população negra e periférica, além de atuar na prevenção da violência policial e na capacitação de advogados negros, especialmente na área criminal. Costa também foi um dos coordenadores do Observatório do Cidade Integrada, que monitorava denúncias de violações de direitos humanos no programa Cidade Integrada, implementado inicialmente na favela do Jacarezinho.
Repúdio às acusações e defesa da atuação profissional
Em resposta às imputações da PM, Joel Luiz Costa enfatizou que, apesar de ser advogado criminalista e ativista pelos Direitos Humanos, nunca representou legalmente membros de organizações criminosas. Ele ressaltou a importância de verificar seus processos no site do Tribunal de Justiça do Rio para comprovar sua conduta ética. Costa questionou a falta de inclusão de outros advogados no relatório e levantou a possibilidade de perseguição política devido ao seu engajamento em defesa da comunidade negra e da favela onde cresceu.
Intimidação e perseguição por agentes de segurança pública
Costa revelou ter sido alvo de ameaças de morte por agentes de segurança pública em 2021, após uma operação policial que resultou na morte de 28 pessoas no Jacarezinho. Essas ameaças o obrigaram a deixar sua residência e se refugiar por 44 dias, sob proteção de programas para defensores dos Direitos Humanos. Recentemente, as ameaças tomaram uma nova forma, documentadas oficialmente pelo governo do Rio de Janeiro, o que levanta questões sobre a liberdade de atuação política e a segurança dos defensores de Direitos Humanos no estado.
Políticos influentes mencionados no contexto
Além das acusações contra Costa, os militares apontaram a influência de três políticos no cenário, em um contexto que levanta preocupações sobre a integridade e a segurança dos ativistas e advogados que atuam em defesa dos Direitos Humanos e contra a violência policial. A situação evidencia a complexidade das relações entre as autoridades e os defensores dos Direitos Humanos, destacando a importância da proteção e do apoio a esses profissionais em ambientes desafiadores como o Rio de Janeiro.
Fonte: © Conjur
Comentários sobre este artigo