O setor privado não consegue garantir acesso à saúde integral, pois envolve prestação de serviços em várias áreas, operadoras e coordenador de pesquisas.
O setor privado enfrenta desafios para garantir o acesso da população à saúde integral, que demanda uma abordagem abrangente e diversificada. A complexidade e amplitude dos serviços necessários muitas vezes ultrapassam a capacidade das operadoras de saúde, como apontado pelo ministro Antonio Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de Justiça.
Para promover a saúde completa da população, é essencial garantir cuidados de saúde abrangentes e de qualidade, visando uma assistência total que atenda às necessidades variadas dos indivíduos. A busca por soluções sustentáveis para a prestação de serviços de saúde integral é fundamental para garantir o bem-estar e a qualidade de vida da sociedade como um todo.
Saúde Integral: Desafios e Perspectivas no Setor de Saúde
Para o especialista Saldanha, a garantia da saúde integral para a população é um desafio complexo. Em entrevista à série Grandes Temas, Grandes Nomes do Direito, promovida pela FGV Justiça, ele abordou a importância desse tema crucial.
Atualmente, observamos o surgimento de comorbidades que geram um impacto financeiro significativo nos cuidados de saúde. A busca pela saúde integral, com toda a sua abrangência e sofisticação, muitas vezes não é atendida de forma adequada pelos planos de saúde existentes.
De acordo com o ministro, o setor de saúde como um todo enfrenta uma alta complexidade, especialmente no que diz respeito à saúde suplementar. Os planos de saúde e os hospitais privados desempenham um papel fundamental ao suprir as lacunas deixadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Tanto a saúde pública quanto a saúde complementar necessitam de sustentabilidade para garantir a assistência total aos pacientes. No entanto, a busca por esse equilíbrio se torna um desafio para os gestores, sejam eles do setor público ou das operadoras do setor privado.
O impacto das decisões judiciais também é um ponto crucial a ser considerado. Com mais de 600 planos de saúde e 50 milhões de usuários no Brasil, muitas operadoras enfrentam dificuldades para arcar com medidas judiciais de alto custo.
Os interesses divergentes no setor de saúde, que envolvem a indústria farmacêutica, a população e os planos de saúde, frequentemente entram em conflito. A necessidade de medicamentos cada vez mais sofisticados e caros colide com a capacidade financeira das operadoras, que muitas vezes não conseguem cumprir determinações judiciais que envolvem altos valores.
Diante desse cenário desafiador, a busca por um equilíbrio sustentável na prestação de serviços de saúde integral se torna essencial. É fundamental que a sociedade se envolva nesse debate complexo para encontrar soluções que atendam às necessidades da população e garantam a viabilidade dos planos de saúde.
Fonte: © Conjur
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