Infestação de piolhos não está relacionada à falta de higiene. Pequenos bichinhos causam preocupação; cabeça coça instintivamente. Prevenir é essencial.
Quando o assunto são os piolhos, é comum provocarem uma reação imediata de coceira na cabeça. Estes pequenos bichinhos parasitas podem se tornar um grande problema, principalmente nas escolas, onde a transmissão costuma ocorrer com mais facilidade.
A pediculose, causada pelo parasita Pediculus humanus, é algo para se estar atento, pois a presença de piolhos pode resultar em lêndeas e, posteriormente, na eclosão de novos insetos. Manter a higiene e estar ciente dos sintomas e tratamentos é essencial para controlar infestações e prevenir sua disseminação.
Combate e Prevenção de Piolhos: Melhores Práticas e Informações Importantes
Mesmo sendo um problema muito comum, que atravessa gerações, permanecem incertezas quanto às melhores práticas de prevenção e tratamento e também sobre as causas relacionadas à disseminação do problema. De acordo com Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Saúde Escolar da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), a infestação de piolhos é conhecida como pediculose e é desencadeada pelo parasita Pediculus humanus. São pequenos bichinhos que fazem a cabeça coçar instintivamente, já que se alimentam de sangue e causam grande incômodo.
Segundo Carvalho, a rápida proliferação dos piolhos é preocupante, pois apenas a presença de um casal ou de uma única fêmea no couro capilar pode levar à deposição de ovos, as temíveis lêndeas, resultando na eclosão de novos insetos. Essa dinâmica pode levar a epidemias e surtos localizados, principalmente entre crianças, levando à preocupação em seus responsáveis.
De acordo com Tadeu Fernandes, pediatra ambulatorial da SPSP, as fêmeas dos piolhos têm capacidade para depositar até 10 ovos por dia, contribuindo para a rápida propagação do parasita. A transmissão de piolhos ocorre principalmente por contato direto ou proximidade física, já que eles não voam nem pulam, deslocando-se caminhando pelas superfícies. Crianças em idade escolar são as mais suscetíveis à infestação, já que frequentemente compartilham objetos como escovas, bonés e chapéus.
Segundo Maria Furman Hélène, presidente do Departamento de Dermatologia da SPSP, os principais sintomas da pediculose são a coceira intensa e a presença de lêndeas nos fios de cabelo. O ato de coçar pode causar lesões cutâneas, aumentando o risco de infecções bacterianas. Em casos mais graves, a pediculose pode levar ao desenvolvimento de quadros anêmicos.
O tratamento para pediculose envolve a aplicação de antiparasitários tópicos como loções, xampus e sabonetes, porém a orientação de um médico especializado é fundamental. É importante destacar a importância das melhores práticas de prevenção, que incluem a higienização frequente dos objetos pessoais, evitar o compartilhamento de acessórios para a cabeça e estar atento a possíveis sinais de infestação de piolhos para agir rapidamente e evitar maiores complicações.
Fonte: @ Estadão
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