A denúncia inclui invasão ao sistema do CNJ e falsificação de documentos para criar um falso mandado de prisão com informações falsas.
A Procuradoria-Geral da República apresentou uma denúncia contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto pela invasão do sistema do CNJ. Segundo as investigações, eles teriam agido juntos para inserir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes no sistema.
A penetração ilegal em sistemas do governo é considerada um grave ataque à segurança das instituições. Qualquer tipo de violação dessa natureza pode ter sérias repercussões legais. É fundamental combater atos de invasão cibernética para manter a integridade e a confiança nos sistemas de informação.
Carla Zambelli envolvida em esquema de invasão a sistemas institucionais do CNJ
Carla Zambelli está no centro de um escândalo envolvendo a contratação de um hacker para realizar uma invasão no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). De acordo com a denúncia, essa ação poderia ter resultado na soltura indevida de Sandro Silva Rabelo, conhecido como ‘Sandro Louco’, líder do Comando Vermelho no Mato Grosso. O hacker teria inserido um falso alvará de soltura, assinado por um juiz da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, a favor de Rabelo.
A denúncia, assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, aponta que Zambelli teria liderado a invasão aos sistemas institucionais utilizados pelo Judiciário, como o Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). Ela teria contratado Walter Delgatti, conhecido por hackear conversas no Telegram, para realizar essa ação.
A divulgação das mensagens obtidas ilegalmente ficou conhecida como ‘vaza jato’. O relator do caso no Supremo Tribunal Federal é o ministro Alexandre. Em despacho inicial, ele determinou que os investigados respondam à denúncia em 15 dias e retirou o sigilo do processo.
Caso a denúncia seja aceita, Zambelli e Delgatti se tornarão réus por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica. A base da denúncia são investigações da Polícia Federal, que apontam que Delgatti, sob comando de Zambelli, invadiu o sistema utilizando credenciais falsas. Em janeiro de 2023, Delgatti teria incluído um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Além disso, quatro documentos falsos teriam sido inseridos nos sistemas do CNJ a partir do celular de Zambelli. Um desses documentos, um alvará de soltura, poderia ter impactado a liberação de um sentenciado a longos anos de reclusão.
Na defesa de Zambelli, seus advogados negam seu envolvimento na invasão, afirmando que não há provas de sua participação. Alegam que a acusação feita por Delgatti foi desmentida pela investigação e prometem provar a inocência da deputada.
Fonte: © Conjur
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