STF decide hoje sobre denúncia apresentada na 1ª Turma do STF pelo subprocurador Luiz, ligada à execução da vereadora por organização criminosa.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) reiterou hoje a denúncia apresentada no Supremo Tribunal Federal (STF) contra quatro acusados de envolvimento direto no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Durante a sessão da Primeira Turma da Corte, que avalia o recebimento da denúncia, a PGR enfatizou a gravidade do assassinato e a necessidade de justiça.
O crime que chocou o país e gerou comoção internacional, o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, permanece sem respostas definitivas. A busca por esclarecimentos sobre a morte dos dois continua, e a sociedade clama por respostas concretas sobre o homicídio que abalou a política brasileira.
Subprocurador Luiz Apresenta Denúncia de Assassinato no Supremo Tribunal
Durante a sessão no Supremo Tribunal, o subprocurador Luiz Augusto Santos Lima apresentou uma denúncia de assassinato contra Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Chiquinho Brazão, deputado federal (Sem partido-RJ), o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e Ronald Paulo de Alves Pereira, conhecido como Major Ronald. Todos os acusados estão atualmente detidos, enfrentando acusações de homicídio e envolvimento em uma organização criminosa.
O subprocurador destacou que os irmãos Brazão são parte de uma organização criminosa com ligações com a milícia atuante em Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, e também envolvida em grilagem de terras na zona oeste da cidade. Segundo a acusação, os Brazão teriam ordenado a execução da vereadora devido a obstáculos enfrentados por ela e pelo PSol na aprovação de projetos de lei na Câmara de Vereadores relacionados à regularização de terras.
‘Não restam dúvidas de que as dificuldades na tramitação dos projetos, somadas ao risco de rejeição e aos conflitos históricos com o PSol, contribuíram para a insatisfação dos irmãos Brazão’, afirmou o subprocurador. Ele acrescentou que Rivaldo Barbosa foi solicitado pelos Brazão para colaborar no assassinato, enquanto Major Ronald teria monitorado os movimentos da vereadora antes do crime.
A próxima etapa do processo será a defesa dos acusados, seguida da decisão dos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lucia, Luiz Fux e Flávio Dino. Se três dos cinco ministros votarem a favor da denúncia da PGR, os irmãos Brazão e os demais acusados serão oficialmente acusados pelo homicídio de Marielle. A expectativa é que o julgamento revele mais detalhes sobre o crime e a suposta participação dos réus no assassinato da vereadora.
Fonte: @ Agencia Brasil
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