Grupo movimentou R$ 55 bilhões em criptoativos no mercado de criptomoedas, suspeito de lavagem de dinheiro, envio de divisas por contas bancárias e empresas de fachada.
A Polícia Federal (PF) realizou uma operação de grande porte, com o apoio da Receita Federal, para desmantelar três grupos criminosos que atuam no mercado de criptoativos. Esses grupos são suspeitos de lavagem de dinheiro e de envio de divisas para o exterior, com destinos principais nos Estados Unidos, Hong Kong, Emirados Árabes e China.
A operação, batizada de Niflheim, visa combater a atuação desses criminosos que, além de lavar dinheiro, também são suspeitos de outros crimes financeiros. Além disso, a PF também investiga a possibilidade de que esses grupos estejam ligados a outros malfeitores que atuam no mercado de criptoativos. A operação é mais um passo importante na luta contra a criminalidade e a lavagem de dinheiro no Brasil. A segurança financeira do país é uma prioridade.
Operação contra criminosos desmonta esquema de lavagem de dinheiro
Desde setembro de 2021, quando a investigação foi iniciada, os suspeitos movimentaram mais de R$ 55 bilhões, segundo a Polícia Federal (PF). Estão sendo cumpridos oito mandados de prisão e 19 de busca e apreensão nos municípios de Caxias do Sul (RS), São Paulo (SP), Fortaleza (CE), além de Brasília (DF). A Justiça Federal determinou o bloqueio de valores em contas bancárias e criptomoedas dos investigados em mais de R$ 9 bilhões, além do arresto de veículos e imóveis.
Segundo a PF, a investigação identificou que a atuação dos grupos criminosos contemplaria diversas camadas de operações financeiras. A partir da origem ilícita do recurso, principalmente de ‘clientes’ do tráfico de drogas e do contrabando, os grupos investigados se utilizariam de empresas de fachada e de outros mecanismos para dificultar o rastreamento do dinheiro pelas autoridades. Ao receber os valores, os grupos se encarregariam do envio dos recursos para o exterior por meio de criptoativos, caracterizando uma clara ação de lavagem de dinheiro.
Os criminosos, também conhecidos como bandidos, delinquentes e malfeitores, atuam de forma organizada e mantêm relações entre si. Ao final da investigação, conforme as informações coletadas, poderão ser considerados como uma única organização criminosa. Os líderes dos grupos atuam a partir da cidade de Caxias do Sul (RS) e de Orlando (EUA), utilizando o mercado de criptomoedas para realizar suas operações ilícitas.
Investigação revela esquema de lavagem de dinheiro
Os crimes investigados são lavagem ou ocultação de bens, crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, associação criminosa, organização criminosa e crimes contra a ordem tributária, afirma a corporação. A investigação revelou que os criminosos utilizavam contas bancárias e empresas de fachada para realizar suas operações, dificultando o rastreamento do dinheiro pelas autoridades. Além disso, os grupos investigados também se utilizavam de mecanismos de envio de divisas para o exterior, caracterizando uma clara ação de lavagem de dinheiro.
A operação contra os criminosos é um exemplo de como a Polícia Federal está trabalhando para combater a lavagem de dinheiro e a organização criminosa no país. A investigação é um passo importante para desmontar o esquema de lavagem de dinheiro e trazer os criminosos à justiça.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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