Na semana, o Brent, referência mundial, teve queda de 1,73%. O petróleo WTI, referência americana, caiu 1,14% nos dados de inflação.
Os valores do petróleo encerraram a semana passada em baixa após terem registrado altas nos dias anteriores, impulsionados por indicadores de inflação menos intensos nos Estados Unidos e por uma diminuição considerável nos estoques dos EUA por duas semanas seguidas.
Enquanto isso, a preocupação com a poluição causada pelo óleo derramado no mar continua a crescer, levando a debates acalorados sobre as medidas necessárias para proteger o meio ambiente marinho. A busca por soluções sustentáveis para lidar com derramamentos de óleo se torna cada vez mais urgente.
Impacto da Queda Expressiva nos Dados de Inflação no Mercado de Petróleo
No encerramento, o petróleo Brent – referência mundial – para setembro apresentava uma queda de 0,43%, sendo negociado a US$ 85,03 por barril. Na semana, o Brent registrou uma queda de 1,73%. Por outro lado, o petróleo WTI – referência americana – para agosto teve uma redução de 0,50%, atingindo o valor de US$ 82,21. Semana a semana, o WTI perdeu 1,14%.
A queda expressiva do petróleo foi atribuída ao recuo no indicador de sentimento do consumidor de Michigan, que passou de 68,2 para 66 pontos, desencadeando uma realização de lucros por parte dos investidores. Com esse movimento de baixa, o mercado de petróleo registrou perdas em quatro das últimas seis sessões, resultando em um fechamento semanal negativo e interrompendo uma sequência de quatro semanas consecutivas de alta.
Além disso, o relatório trimestral da distrital do Federal Reserve de Kansas City revelou uma queda na atividade de petróleo e gás no centro dos EUA, porém com uma expectativa de melhora nos próximos seis meses. O índice de atividade do setor apresentou uma queda para -14 no segundo trimestre, após registrar -13 no primeiro trimestre. Leituras abaixo de zero indicam contração, mas o indicador de expectativa para os próximos seis meses demonstrou um aumento de -10 para 21.
Norbert Rücker, chefe de economia e pesquisa da próxima geração do banco suíço Julius Baer, ressaltou que, ao analisar além das manchetes diárias, o mercado de petróleo parece estar em uma fase de relativa calmaria, considerando fatores geopolíticos globais, viagens de férias e possíveis eventos climáticos. Os preços do petróleo têm se mantido em um intervalo há mais de um ano, seguindo um padrão no qual as mudanças de sentimento direcionam a curto prazo. Os fundamentos do mercado não apresentam um viés claramente positivo ou negativo.
Rücker apontou que o mercado está bem abastecido, com uma demanda estagnada no mundo ocidental e na China, enquanto a produção continua a crescer nas Américas. A previsão é de um aumento gradual nos estoques e de ventos contrários mais intensos, o que poderia levar os preços a flutuarem na faixa dos US$ 70. O especialista expressou cautela em relação aos picos de preços observados em setembro do ano passado e abril deste ano, que refletiram conflitos geopolíticos e o receio de interrupções no fornecimento de óleo no Oriente Médio.
Rücker destacou a política do petróleo e a gradual perda de participação de mercado das nações petrolíferas como um fator de risco significativo. A falta de coesão no grupo e a perda de confiança em suas políticas representam desafios adicionais para o mercado de petróleo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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