De acordo com a empresa, possíveis ajustes na política de distribuição de dividendos podem significar menos ou nenhum pagamento futuramente.
A Petrobras reafirmou seu compromisso com a remuneração aos acionistas, destacando a importância de manter uma política de remuneração sólida e transparente. A empresa está atenta às demandas do mercado e busca sempre garantir uma remuneração aos acionistas justa e condizente com seu desempenho financeiro.
Além disso, a Petrobras ressaltou que a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio são mecanismos essenciais para valorizar seus investidores. A empresa permanece comprometida em manter uma política de remuneração competitiva, visando a atrair e fidelizar acionistas que acreditam em seu potencial de crescimento a longo prazo.
Adaptações na Política de Remuneração aos Acionistas da Petrobras
Segundo informações fornecidas pela empresa, eventuais modificações podem impactar parâmetros como a periodicidade de pagamentos, fórmulas de cálculo, indicadores financeiros e valores mínimos para pagamento, dentre outros aspectos relevantes. A manifestação da Petrobras a respeito desse tema encontra-se registrada no formulário 20-F, protocolado na quinta-feira (11) na SEC, entidade norte-americana responsável pela regulação do mercado de ações, equivalente à Comissão de Valores Mobiliários brasileira (CVM).
É enfatizado pela empresa que a política de dividendos está sujeita a diversos fatores, tais como o nível de investimentos e o fluxo de caixa operacional. A Petrobras destaca que o pagamento de dividendos acima dos limites mínimos legais e estatutários não deve ser interpretado como uma garantia de distribuição futura, nem deve servir como referência fixa. A possibilidade de ajustes na composição do conselho de administração e da diretoria da empresa pode acarretar alterações na política de remuneração aos acionistas.
‘Caso optemos por um plano estratégico que demande maior volume de investimentos, ou façamos modificações em nosso plano estratégico para isso, o montante destinado à distribuição de dividendos poderá ser reduzido significativamente’, ressalta a estatal. Ademais, é salientado que diferentes variáveis, como o preço e a produção do petróleo, podem afetar o fluxo de caixa operacional, repercutindo na distribuição de dividendos aos acionistas.
A Petrobras reforça a ideia de que alterações na política de remuneração aos acionistas da empresa podem ser relevantes, podendo resultar em mudanças nos pagamentos de dividendos no futuro. Essa discussão sobre a remuneração aos acionistas da Petrobras teve início no ano passado, no início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que sempre defendeu a redução dos pagamentos aos acionistas como forma de potencializar os investimentos da companhia.
No ano passado, o conselho da Petrobras aprovou uma alteração na fórmula de cálculo dos dividendos, reduzindo de 60% para 45% do fluxo de caixa livre (descontados os investimentos). Além disso, foi aprovada a criação de uma reserva de remuneração de capital, destinada a receber recursos provenientes de dividendos e juros sobre o capital próprio. Em março deste ano, a Petrobras propôs apenas a distribuição dos dividendos previstos em seu estatuto social, após lucro de R$124,6 bilhões.
A companhia anunciou a distribuição de R$14,2 bilhões em dividendos ordinários relativos ao quarto trimestre, seguido pela destinação de R$43,9 bilhões para a reserva de capital, em vez de uma remuneração extraordinária aos investidores. A diretoria da Petrobras sugeriu ao conselho de administração o pagamento de dividendos extraordinários, divididos pela metade entre a reserva de capital e os acionistas. Durante a votação, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi voto vencido, abstendo-se, o que gerou controvérsias em relação aos interesses da União. Esse imbróglio perdurou por mais de um mês, evidenciando a complexidade e a sensibilidade das discussões acerca da remuneração aos acionistas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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