Empresa substitui gerentes-executivos por robôs submarinos, com profissionais migrando para câmara pressurizada, reduzindo exposição.
A utilização de robôs em operações submarinas revolucionou a forma como as empresas lidam com desafios em águas profundas. A substituição eficiente de mergulhadores profissionais por robôs em ambientes de alto risco como plataformas petrolíferas trouxe não apenas mais segurança, mas também uma significativa economia de recursos. Os avanços tecnológicos nessa área têm permitido que empresas como a Petrobras otimizem suas operações utilizando robôs submarinos, garantindo eficiência e redução de custos de maneira inovadora.
A automação submarina tem se mostrado crucial não apenas na indústria petrolífera, mas em diversas outras áreas que demandam operações em profundidades elevadas. Com a crescente adoção de tecnologias submarinas, a segurança e a eficácia das atividades em ambientes desafiadores são aprimoradas constantemente. A combinação entre a expertise humana e a precisão dos robôs submarinos está transformando a maneira como lidamos com operações subaquáticas, promovendo avanços significativos em diversas frentes.
Robôs na Automação Submarina: Redefinindo a Exploração em Profundidades
Antes de descer a profundidades de até 300 metros, os mergulhadores entram numa câmara pressurizada, que faz o corpo chegar à pressão enfrentada. Uma das etapas preparatórias envolve a respiração de uma mistura que substitui o nitrogênio pelo gás hélio. Os procedimentos de compressão deixam a voz aguda e alteram o sabor dos alimentos, já que o paladar fica mais metálico. Além disso, o hélio modifica a sensação térmica.
Para a descida efetiva, os profissionais entram no ‘sino’ — uma estrutura metálica que os leva até o local do trabalho submerso nas plataformas. A Petrobras já realizou cerca de dois mil mergulhos saturados por ano, mas agora está migrando para a utilização de robôs, visando reduzir a exposição dos trabalhadores ao risco e garantir mais segurança nas operações.
A tecnologia de ponta também amplia a confiabilidade nas operações, especialmente no acionamento de válvulas de segurança das plataformas. O primeiro projeto 100% ‘diverless’ da Petrobras aconteceu em 2023, durante as alterações nos circuitos de válvulas de segurança da plataforma Mexilhão, localizada na Bacia de Santos e responsável pelo escoamento de quase um quinto do gás produzido no Brasil. A troca de peças foi totalmente realizada por robôs.
A Petrobras continuará a contar com mergulhadores para atividades até 50 metros de profundidade, enquanto parte dos profissionais está migrando para atuação em frentes ‘diverless’ e sendo treinada para a operação de robôs submarinos.
Avanços Tecnológicos: Rumo à Era da Automação Submarina com Robôs
A introdução dos robôs na automação submarina está revolucionando a forma como as tarefas em profundidades são executadas. Os mergulhadores que antes precisavam passar por preparos na câmara pressurizada e respirar uma mistura com hélio agora estão testemunhando uma mudança no cenário, à medida que os robôs assumem o protagonismo nesse ambiente desafiador.
A Petrobras, em seu histórico de cerca de dois mil mergulhos saturados por ano, está transitando para a utilização de robôs, visando prioritariamente a segurança dos trabalhadores e a eficiência das operações em plataformas submarinas. A redução da exposição ao risco é um dos benefícios mais significativos dessa transição, proporcionando um ambiente mais controlado e seguro.
O projeto ‘diverless’ da Petrobras em 2023 marcou um marco importante nessa mudança de paradigma, demonstrando a capacidade dos robôs em realizar tarefas complexas, como as adequações nos circuitos de válvulas de segurança da plataforma Mexilhão. Localizada na Bacia de Santos, essa plataforma essencial para o escoamento de gás no Brasil testemunhou a eficácia da substituição de mergulhadores por robôs.
Mesmo com a continuidade da presença de mergulhadores em atividades de até 50 metros, a transição para operações ‘diverless’ está promovendo uma nova era de profissionais migrando para atuação com robôs submarinos. Essa mudança não apenas otimiza as operações, mas também abre portas para uma abordagem mais segura e eficiente na exploração de campos submarinos.
Fonte: © CNN Brasil
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