Famílias criticam acordo judicial feito há 2 dias. Departamento de Defesa anuncia notícia sobre acordos de confissão na quarta-feira.
O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, tomou a decisão de revogar um acordo judicial que havia sido estabelecido recentemente com o homem acusado de ser o mentor dos ataques de 11 de setembro, Khalid Sheikh Mohammed, e dois de seus cúmplices. Segundo um memorando assinado por Austin na sexta-feira (2), o acordo pré-julgamento, fruto de 27 meses de negociações, retirava a pena de morte de Mohammed, Walid Bin ‘Attash e Mustafa al Hawsawi, conforme informaram os promotores em uma carta enviada às famílias das vítimas e aos sobreviventes do 11 de setembro pouco antes do anúncio oficial do Departamento de Defesa em um comunicado à imprensa na noite de quarta-feira (31).
Algumas famílias das vítimas expressaram críticas em relação aos acordos de confissão realizados. Brett Eagleson, presidente da Justiça do 11 de Setembro, organização que representa os sobreviventes do 11 de Setembro e familiares das vítimas, manifestou em comunicado que as famílias estão ‘profundamente perturbadas por esses acordos judiciais‘ e solicitaram mais informações sobre o envolvimento de terroristas de outras nacionalidades nos atentados de 11 de setembro. ‘Embora reconheçamos a decisão de evitar a pena de morte, a nossa principal preocupação continua sendo o acesso a informações sobre esses indivíduos’, ressaltou Eagleson.
Acordo Judicial Realizado em Caso dos Ataques de 11 de Setembro
Os acordos judiciais alcançados recentemente têm sido motivo de discussão em relação aos ataques terroristas de 11 de setembro. A preocupação é que tais acordos não forneçam todas as informações necessárias para esclarecer o papel de certas entidades, como o Reino da Arábia Saudita, nos atentados de 11 de setembro.
O Departamento de Defesa anunciou a notícia do início das negociações em março, resultando em acordos de pré-julgamento. Esses acordos, embora representem um passo em direção à resolução, levantam questões sobre a transparência do processo.
Terry Strada, presidente nacional do 11 de Setembro Famílias Unidas, expressou sua preocupação com a possibilidade de que os acordos judiciais possam obscurecer evidências cruciais. Ela enfatizou a importância de buscar a verdade completa e garantir justiça para as vítimas e suas famílias.
A notícia do acordo judicial foi recebida com surpresa e desconfiança, especialmente considerando o momento em que foi firmado. Strada destacou a importância de não permitir que o acordo prejudique os esforços contínuos das famílias para responsabilizar os envolvidos nos atentados de 11 de setembro.
A administração Biden tem como objetivo encerrar o centro de detenção de Guantánamo, em Cuba, onde alguns dos arguidos estavam detidos. No entanto, a questão de onde os detidos cumprirão suas sentenças permanece em aberto, enquanto dezenas deles ainda estão sob custódia.
A busca por justiça e transparência em relação aos ataques de 11 de setembro continua, com as famílias das vítimas determinadas a obter respostas e responsabilizar aqueles que possam ter desempenhado um papel nos trágicos eventos.
Fonte: @ CNN Brasil
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