Semana encerrada em 27 de abril: pedidos novos chegaram a 208 mil, superando a média das últimas quatro semanas de 207 mil, antecipando os analistas americanos de um aumento para 212 mil. Desaceleração possível na recuperação do mercado de trabalho. Fomc reunião em novembro pode trazer corte de juros na faixa de 5% a 5,25%. Pedidos por seguro-desemprego influenciaram o número. Analistas esperavam um aquecimento, mas desaceleração no ciclo pode ocorrer.
Os recentes requerimentos de seguro-desemprego nos Estados Unidos somaram 208 mil na semana finalizada em 27 de abril, apresentando um ligeiro acréscimo em relação aos 207 mil solicitados na semana precedente, conforme informações divulgadas hoje pelo Departamento de Trabalho (DoL) americano.
Além dos pedidos de auxílio-desemprego, houve um aumento nos requerimentos de indenização por desemprego em diversos setores da economia, refletindo a contínua atenção às questões de emprego e renda durante esse período desafiador. A busca por seguro-desemprego tem sido uma realidade para muitos trabalhadores e empresas, impactados pela atual conjuntura econômica.
Relatório sobre Pedidos de Seguro-Desemprego nos EUA
Na semana encerrada em 27 de abril, os pedidos por seguro-desemprego nos EUA apresentaram uma leve alta, contrariando as expectativas dos analistas do mercado. Os pedidos para desemprego totalizaram 212 mil, indicando uma pequena variação em relação às projeções anteriores.
Apesar desse aumento, a média dos pedidos nas últimas quatro semanas registrou uma queda significativa, passando de 213,5 mil para 210 mil. Essa redução constante sugere que o mercado de trabalho americano continua a se aquecer, o que demonstra uma certa estabilidade e robustez no cenário econômico.
A resiliência do mercado de trabalho, em um momento em que muitos analistas esperavam uma desaceleração, pode gerar impactos nas decisões de investimento, especialmente em ativos de maior risco, como ações. Essa situação pode influenciar a postura do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, em relação à política monetária e aos cortes de juros.
A expectativa era de que o ciclo de cortes de juros do Fed se iniciasse mais cedo, porém, com esses números positivos, a possibilidade de adiamento ganha força. A última reunião do Fed manteve as taxas de juros inalteradas, mas o mercado já começa a precificar um possível corte na reunião de novembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), ao invés de dezembro.
De acordo com levantamento do CME Group, a probabilidade de os juros ficarem na faixa de 5% a 5,25% em novembro é de 43,3%, indicando uma tendência de queda em relação à taxa atual. No entanto, a maioria do mercado ainda estima apenas um corte ao longo de 2024, o que demonstra certa prudência em relação às decisões futuras do Fed.
Para a reunião de dezembro, a expectativa de juros entre 4,75% e 5% também aumentou, refletindo a volatilidade e incerteza do mercado diante dos dados econômicos. A projeção mais comum continua sendo a faixa de 5% a 5,25%, com cerca de 39,3% de probabilidade, indicando que a situação econômica ainda está sujeita a mudanças.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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