Em 2024, 309,5 mil cigarros foram apreendidos pela PRF no Brasil; Paraná lidera com 80,5% do total.
O número de cigarros eletrônicos apreendidos no Brasil está em ascensão em 2024. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, já foram confiscadas 309,5 mil unidades em todo o território nacional, superando a quantidade apreendida em 2023, quando 230,1 mil unidades foram retiradas de circulação no Brasil. A preocupação com a proliferação dos cigarros eletrônicos tem levado as autoridades a intensificar a fiscalização e combate a esse tipo de produto.
Os dispositivos eletrônicos para fumar, também conhecidos como vapes ou cigarros eletrônicos, têm se tornado alvo de atenção das autoridades devido aos riscos à saúde e ao aumento do seu uso, principalmente entre os jovens. A apreensão de cigarros eletrônicos é parte dos esforços para coibir a comercialização ilegal desses produtos no país. É fundamental conscientizar a população sobre os perigos dos cigarros eletrônicos e promover ações de prevenção para reduzir seu consumo.
O aumento das apreensões de cigarros eletrônicos no Brasil
O estado do Paraná continua sendo o líder absoluto em apreensões de cigarros eletrônicos, com um montante significativo de 249,6 mil unidades confiscadas, representando 80,5% do total nacional. Esses dispositivos eletrônicos para fumar, também conhecidos como vapes, estão cada vez mais presentes nas estatísticas de apreensões da PRF.
Fernando Cesar Oliveira, Superintendente da PRF no estado, destaca a posição geográfica estratégica do Paraná, que faz fronteira com o Paraguai, a principal fonte desses produtos contrabandeados. A facilidade de acesso a esses cigarros eletrônicos ilegais tem impulsionado as apreensões, refletindo um aumento constante no número de unidades confiscadas.
Apesar da proibição da venda de cigarros eletrônicos no Brasil, imposta pela ANVISA desde 2009 e reforçada em abril deste ano, a demanda por esses dispositivos tem crescido exponencialmente. Entre 2018 e 2023, o número de consumidores desses produtos aumentou em impressionantes 600%, de acordo com dados do IPEC.
Enquanto o debate sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos segue em pauta no Senado brasileiro, o Projeto de Lei proposto pela senadora Soraya Thronicke busca estabelecer diretrizes claras para a comercialização e consumo dos vapes no país. A parlamentar enfatiza a importância de frear o consumo desenfreado desses produtos, visando proteger a saúde dos brasileiros.
Além das questões de saúde pública, o mercado ilegal de cigarros eletrônicos gera prejuízos significativos para a economia brasileira. Estima-se que o país deixe de arrecadar cerca de R$ 5 bilhões anualmente devido a essa prática ilegal. No entanto, um estudo da FIEMG aponta que a fabricação nacional desses dispositivos poderia resultar em um aumento substancial na arrecadação de impostos, chegando a R$ 136 milhões.
O combate ao contrabando de cigarros eletrônicos não se limita apenas a questões fiscais, mas também está intrinsecamente ligado à segurança pública. Quadrilhas envolvidas no transporte ilegal desses produtos muitas vezes estão associadas a crimes mais graves, como tráfico de drogas, armas e veículos roubados. A atuação da PRF, especialmente no Paraná, desempenha um papel fundamental na desarticulação dessas organizações criminosas.
Enquanto o Brasil busca encontrar um equilíbrio entre a regulamentação dos cigarros eletrônicos e o combate ao mercado ilegal, a conscientização sobre os riscos associados ao consumo desses dispositivos continua sendo essencial. A cooperação entre autoridades, legisladores e a sociedade civil é fundamental para enfrentar os desafios decorrentes desse cenário complexo.
Fonte: @ CNN Brasil
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