Servidor público pediu mudança da jornada de trabalho para acompanhar terapias do filho com Transtorno do Espectro Autista, evitando risco de regressão.
Decisão judicial garante home office para servidor público do Mato Grosso acompanhar filho autista em terapias e consultas médicas. O benefício foi concedido para que o pai consiga estar presente nos compromissos do filho autista, garantindo o suporte necessário.
O autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), é uma condição que requer atenção especial e cuidados específicos. Nesse caso, a decisão judicial demonstra sensibilidade em relação às necessidades do filho autista e da família, proporcionando um ambiente mais adequado para o desenvolvimento e bem-estar da criança.
Decisão judicial garante home office para servidor público Wesley Estevão dos Santos Sarmento
A importância da presença do pai na vida do filho autista, Arthur Sarmento Ferreira, foi reconhecida pelo Juizado Especial Cível e Criminal de Primavera do Leste, em Mato Grosso. A permissão para o servidor público Wesley Estevão dos Santos Sarmento realizar o trabalho em casa foi concedida nesta terça-feira, 6 de abril de 2024.
Wesley, que anteriormente estava em um regime híbrido de trabalho, teve sua rotina modificada devido a uma alteração na portaria. Ele passou de dois dias presenciais por semana para uma jornada diária de quatro horas, além do trabalho remoto. Essa mudança afetou diretamente a possibilidade de acompanhar o filho nas terapias e consultas médicas necessárias para o desenvolvimento de Arthur, que possui Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A solicitação para a modificação da jornada de trabalho foi feita no início de maio e teve como base a avaliação médica que reconheceu a necessidade de atenção integral e auxílio contínuo nas atividades diárias do adolescente. A ausência do filho nas terapias poderia resultar em um risco de regressão significativo em seu quadro de desenvolvimento.
A presença de Wesley se tornou indispensável devido ao comportamento disruptivo e agressivo apresentado por Arthur, que está na adolescência. O pai é essencial para conter esses comportamentos e garantir que o filho receba os cuidados necessários, como acompanhamento em sessões com fonoaudiólogo, terapia ABA, fisioterapia, terapia ocupacional e psicomotricidade. A decisão judicial ressaltou a importância da presença paterna nesse processo de apoio ao filho autista.
Fonte: @ Nos
Comentários sobre este artigo