Uso de remédios psiquiátricos atinge 82% de crianças e jovens até 17 anos, com recorrente uso de medicamentos para transtorno de déficit de atenção com hiperatividade e antidepressivos.
A saúde mental é um tema cada vez mais relevante em nossa sociedade, especialmente quando se trata de jovens e adolescentes. É fundamental abordar a saúde mental de maneira integral e acessível, garantindo que os recursos disponíveis atendam às necessidades específicas de cada grupo etário. Com o aumento do uso de remédios psiquiátricos entre as crianças e jovens, é crucial que as políticas públicas e os sistemas de saúde sejam adaptados para oferecer apoio e tratamento de qualidade à saúde mental.
O uso de remédios psiquiátricos entre crianças e jovens até 17 anos é um problema significativo, atingindo 82% da população nesse grupo etário. O diagnóstico de TDAH e o uso de antidepressivos são os casos mais comuns, destacando a necessidade de uma abordagem mais ampla e preventiva à saúde mental. A psicologia desempenha um papel fundamental na promoção do bem-estar e na prevenção de problemas de saúde mental, principalmente entre os jovens. É fundamental encorajar a discussão sobre saúde mental e oferecer recursos acessíveis para garantir um futuro saudável e produtivo para essa faixa etária.
Uso Recorrente de Medicamentos em Jovens: Um Alerta para a Saúde Mental
A utilização de medicamentos para tratamento de transtornos de saúde mental em crianças e adolescentes é um tópico que merece atenção especial. Segundo um estudo recente, que analisou dados de janeiro a setembro de 2024, esta prática é bastante comum na faixa etária mais jovem. A pesquisa, organizada por uma farmácia on-line por assinatura que utiliza tecnologia para facilitar a adesão ao tratamento, destaca a alta utilização de medicamentos para Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) entre os jovens.
Segundo os dados, os meninos utilizam dois medicamentos para TDAH por cada um utilizado pelas meninas. O metilfenidato, principal medicamento para o tratamento de TDAH, é consumido por 16% dos meninos e 7% das meninas. Isso reforça a dificuldade de diagnóstar o TDAH em meninas. O TDAH representa 11% de todos os medicamentos utilizados por jovens no estudo.
Além disso, 44% dos jovens que fazem uso recorrente de medicamentos consomem antidepressivos, com destaque para sertralina, escitalopram e fluoxetina, indicados para o tratamento de depressão e ansiedade. Os percentuais de uso são equilibrados entre meninos e meninas, indicando uma preocupação crescente com a saúde mental de ambos os gêneros. Outro dado relevante é a alta prevalência de medicamentos para transtornos mais graves, como esquizofrenia e transtorno bipolar. Medicamentos como risperidona, quetiapina e aripiprazol são amplamente utilizados, com 12% dos jovens fazendo uso da risperidona, em especial. Isso demonstra um aumento significativo no diagnóstico e tratamento de transtornos psiquiátricos em idades precoces.
Os dados revelam um cenário preocupante, em que transtornos como TDAH e depressão estão sendo tratados em crianças cada vez mais jovens. Essa realidade reforça a importância de promovermos uma conscientização mais ampla sobre a saúde mental, principalmente no Dia Mundial da Saúde Mental. Embora o tratamento precoce seja essencial, também precisamos garantir que esses jovens recebam o suporte familiar e psicológico necessários para enfrentar esses desafios de forma saudável.
O estudo destaca, ainda, a necessidade de ampliar o debate sobre a saúde mental de crianças e adolescentes e a importância do acompanhamento psicológico e médico contínuo para evitar a automedicação e garantir que o tratamento seja o mais completo possível.
Fonte: @ Terra
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