Tiwanaku, a cultura mãe da América do Sul, exerceu esplendor e influência pela região, com seus artefatos cerâmicos e evidências arqueológicas.
A Civilização de Tiwanaku (ou Tiahuanaco) é reconhecida como a ‘cultura mãe’ da América do Sul, tendo deixado um legado impressionante em toda a região. Seu impacto se estendeu por várias nações sul-americanas, como o Brasil, o Equador, a Colombia e o Paraguai. Seu desenvolvimento tecnológico e arquitetônico era avançado para a sua época, demonstrando uma sociedade altamente organizada e progressista.
A influência da Civilização de Tiahuanaco (ou Tiwanaku) pode ser vista até os dias de hoje, com a preservação de suas ruínas e artefatos arqueológicos. Sua importância na história da América do Sul é inegável, sendo considerada uma das civilizações mais influentes de todo o continente. A cultura mãe deixou um legado duradouro que continua a fascinar arqueólogos e historiadores em todo o mundo.
Civilização de Tiwanaku: Esplendor e Influência na Pré-história
O centro espiritual e político da Civilização de Tiwanaku ficava localizado na cidade-estado de Tiwanaku, cerca de 74 km a oeste de La Paz, capital boliviana, próximo ao lago Titicaca. A uma altitude de quase 4 mil metros acima do nível do mar, a cidade exibiu toda sua grandeza entre 400 d.C. e 900 d.C. – antes de ir desaparecendo gradualmente.
Os vestígios de seus monumentos atestam a importância cultural e política de uma civilização que é claramente diferente das outras culturas pré-hispânicas da América, como a Civilização de Tiahuanaco, a cultura mãe. O conjunto monumental de edifícios e pirâmides foi construído com pedras enormes esculpidas com precisão milimétrica.
Ainda não está claro como eles conseguiram erguer essas estruturas ou mesmo trazer as pedras necessárias, já que essa civilização não conhecia a roda. ‘Era uma cidade brilhante, que tinha de 4 a 6 quilômetros quadrados. Uma parte dessa área estava repleta de pirâmides de pedra, palácios e residências para a elite.
Além disso, foram construídas moradias para o restante da população que se estendiam até o lago. Isso dá cerca de 20 quilômetros, um espaço bastante extenso’, explicou à BBC Mundo Charles Stanish, antropólogo da Universidade do Sul da Flórida. A pirâmide de Akapana é, por exemplo, a maior e mais antiga das construções pré-hispânicas da América do Sul.
Tinha um grande significado espiritual, e os arqueólogos acreditam que foi erguida há cerca de 2,5 mil anos. A cidade foi projetada para atrair gente de todos os lugares, e os especialistas estão convictos de que ela tinha bairros diferentes e uma população composta por várias etnias. ‘Provavelmente diferentes idiomas eram ouvidos na cidade.
Grandes cerimônias e festivais eram organizados para atrair pessoas e fortalecer o comércio. Seus tecidos são absolutamente impressionantes, sua cerâmica é linda’, afirmou Stanish.
Influência Cultural e Técnica
A Civilização de Tiwanaku foi marcada por técnicas avançadas na produção de artefatos e hierárquica. Sua cerâmica era altamente valorizada e suas técnicas de construção impressionaram os estudiosos ao longo do tempo. A alta altitude em que se encontrava a cidade não impediu o desenvolvimento de formas sustentáveis de cultivo e de sistemas complexos de drenagem subterrânea para controlar a água da chuva.
Eles também foram pioneiros na construção de terraços artificiais, criando um sistema eficiente de irrigação que se adaptava às condições climáticas adversas da região. Essas inovações tecnológicas foram absorvidas por civilizações posteriores, destacando a influência duradoura da Civilização de Tiwanaku.
A influência cultural da Civilização de Tiwanaku se estendia por vastas áreas, estabelecendo colônias e fazendo comércio com povos ao sul dos Andes. Seu poder econômico era inquestionável, e sua capacidade de controlar pequenos enclaves e promover o comércio era uma marca de sua supremacia na região. A cidade de Tiwanaku era o epicentro de uma rede complexa de relações comerciais e culturais.
Colapso e Diáspora
Embora tenha alcançado seu apogeu entre 400 d.C. e 900 d.C., a Civilização de Tiwanaku desapareceu misteriosamente, deixando para trás evidências arqueológicas de seu esplendor e desafios. O colapso gradual da civilização foi resultado de uma série de fatores, incluindo possíveis crises ambientais, revoltas internas e pressões externas de povos invasores.
Tiwanaku foi uma sociedade hierárquica, com uma elite conectada ao sacerdócio que detinha o poder e influenciava a vida cotidiana da população. No entanto, a insatisfação crescente com o governo central e mudanças nas condições de vida levaram a uma diáspora gradual da população, resultando na dispersão de seus habitantes para diferentes regiões.
O desaparecimento da Civilização de Tiwanaku deixou muitos mistérios não resolvidos, como a tecnologia utilizada para transportar enormes pedras e as causas exatas de seu colapso. As evidências arqueológicas apontam para oferendas aos deuses e possíveis eventos climáticos extremos que contribuíram para a queda da cidade.
O legado da Civilização de Tiwanaku foi absorvido por povos posteriores, como os incas, que utilizaram suas técnicas e conhecimentos para construir impérios duradouros. A grandiosidade e a influência de Tiwanaku são testemunhos de sua importância cultural e política na história da América pré-hispânica.
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