Especialistas analisam a crise econômica profunda, polarizada, com alto grau de conflito social e controle da inflação no cenário pós-campanha eleitoral.
Milhões de venezuelanos convocados a votar no dia 28 de julho nas eleições presidenciais irão às urnas com a esperança de que a Venezuela siga um caminho de crescimento após vários anos de profunda crise econômica e social. Entre as 10 candidaturas destacam-se a do atual presidente, Nicolás Maduro, e a do candidato do grupo majoritário da oposição, Edmundo González. Em uma campanha polarizada, na qual não há muitos detalhes específicos sobre as propostas dos candidatos e não foi realizado um debate entre os concorrentes, analistas apontaram à CNN quais reformas seriam necessárias para consolidar a recuperação econômica e retornar aos níveis de produção e bem-estar anteriores à queda registrada a partir de 2014.
Essa queda incluiu hiperinflação, escassez de produtos básicos, um êxodo de milhões de migrantes e um alto grau de conflito social, com milhares de protestos contra o governo de Maduro, muitos dos quais foram reprimidos com violência. Para Graciela Urdaneta, economista sênior da consultoria Ecoanalítica, o grande consenso é a necessidade de controlar a inflação e estabilizar o câmbio. O país sul-americano enfrenta desafios significativos, mas a esperança de uma mudança positiva permanece presente na mente dos cidadãos venezuelanos.
Venezuela: Desafios em Meio a uma Profunda Crise Econômica
O país sul-americano da Venezuela tem enfrentado uma crise econômica de alto grau de complexidade nos últimos anos. A campanha polarizada entre o governo e a oposição tem levado a níveis alarmantes de inflação e conflito social. Em meio a esse cenário, o controle sobre a produção de petróleo, uma das principais fontes de receita do país, tem sido crucial.
A economista destacou a importância de impulsionar a indústria petrolífera venezuelana, enfatizando que a PDVSA, a estatal de exploração de petróleo, ainda enfrenta desafios significativos. Apesar de um crescimento recente, a produção diária de petróleo ainda está aquém dos níveis de 2013, de acordo com dados da OPEP.
É crucial para a Venezuela encontrar soluções para sua crise econômica, e isso inclui permitir uma maior participação do setor privado na indústria petrolífera. A transparência e a melhoria do marco regulatório são essenciais para atrair investimentos e garantir a credibilidade necessária para impulsionar a economia do país.
Por outro lado, as divergências entre o governo e a oposição têm dificultado a implementação de medidas eficazes para enfrentar a crise. A falta de informações claras e oficiais tem prejudicado a confiança dos investidores e a capacidade do país de se recuperar.
Em meio a essa situação, o Banco Central da Venezuela tem enfrentado críticas por sua falta de transparência. A divulgação de relatórios econômicos é essencial para entender a gravidade da crise e tomar medidas adequadas para enfrentá-la.
Para os especialistas, é fundamental aumentar o crédito para as pequenas e médias empresas e reduzir a carga tributária para estimular o crescimento econômico. A falta de acesso ao crédito e as altas taxas de impostos têm sido obstáculos para o desenvolvimento sustentável do país.
Diante desses desafios, é urgente trabalhar em soluções para as crises política, econômica e humanitária que assolam a Venezuela. A transição para uma democracia plena é vista como um elemento crítico para superar essas dificuldades e garantir um futuro mais estável e próspero para o país.
Fonte: @ CNN Brasil
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