Burocracia limita acesso de comercializadoras, mas potencial de consumo é significativo. Critérios de sustentabilidade são essenciais.
Em busca de menores custos e de atingir critérios de sustentabilidade, os órgãos públicos vinculados aos governos federal, estadual e municipal passaram a considerar com mais atenção o mercado livre de energia este ano, após a flexibilização das normas que entrou em vigor em janeiro de 2024.
Com a crescente demanda por fontes de energia mais limpas e sustentáveis, a busca por alternativas de energia renovável tem se intensificado, refletindo a preocupação com a preservação do meio ambiente e a redução dos impactos causados pela geração de energia elétrica convencional.
Energia renovável e mercado livre
A partir deste ano, todos os consumidores de alta tensão têm a oportunidade de adentrar no ambiente de contratação livre. Nesse cenário, a escolha do fornecedor de eletricidade é essencial, seja por meio de uma comercializadora ou de uma geradora de energia. Com essa possibilidade, os clientes passam a consumir energia de forma diferente, deixando de depender exclusivamente da geração negociada com a concessionária de distribuição.
Órgãos públicos e consumo de energia
De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), os órgãos públicos de administração direta consomem cerca de 3% de toda a energia elétrica do Brasil, o que equivale a aproximadamente 15 gigawatts-hora (GWh) por ano. A migração desses clientes para o mercado livre exige a vinculação a uma comercializadora, responsável pela gestão dos contratos, facilitando a transição para aqueles que não possuem grande experiência no setor de energia.
Competição e segurança na contratação de energia
Uma das distinções na contratação de energia no mercado livre por entes públicos é a necessidade de editais para promover a competição entre as comercializadoras. Esses editais estabelecem condições que visam garantir maior segurança, como a participação em grupos com usinas de geração associadas ou com parques em operação, além de exigências de garantias financeiras.
Impacto ambiental e economia
Em um acordo firmado em junho, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estabeleceu um contrato com a Echoenergia, do grupo Equatorial (EQTL3), para a compra de 320 gigawatts-hora (GWh) até dezembro de 2025. Esse acordo permitirá que unidades da fundação em diversos estados recebam energia de fontes renováveis, resultando em uma economia estimada em mais de R$ 60 milhões anuais, além de uma redução significativa nas emissões de carbono.
Compromisso com fontes limpas e certificados I-RECs
Uma particularidade desse contrato é o fornecimento de certificados I-RECs juntamente com a energia adquirida, garantindo a origem renovável da energia de forma rastreável. Essa iniciativa não apenas promove uma gestão ambientalmente responsável, mas também contribui para a redução das emissões de carbono, demonstrando o compromisso da Fiocruz com a sustentabilidade e a eficiência energética.
Fonte: @ Info Money
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