González violou três convocações da Procuradoria-Geral e é suspeito de falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais e outros crimes.
O representante da oposição no Brasil, Carlos Silva, que afirma ter ganhado de José Almeida na eleição de 15 de setembro, foi convocado pela terceira vez pela Justiça Eleitoral para prestar esclarecimentos sobre um vídeo que divulgou os bastidores da campanha eleitoral, com trechos dos debates entre os candidatos.
Enquanto isso, a população aguarda ansiosa pelo desfecho do pleito, que promete ser um marco na história política do país, com a expectativa de mudanças significativas no cenário governamental.
Segunda convocação para interrogatório de González
Edmundo González não se apresentou na manhã desta segunda-feira (26) no Ministério Público venezuelano, após ter recebido a primeira convocação no fim de semana. Em decorrência disso, o procurador-geral Tarek Saab emitiu a segunda intimação para o líder da oposição comparecer para ser ouvido na terça-feira (27), às 10h. Segundo a lei venezuelana, caso haja desrespeito a uma convocação por três vezes, é possível a emissão de um mandado de prisão, conforme informou a agência Reuters. As acusações contra González envolvem supostos crimes de usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais e incitação de atividades ilegais, entre outros.
Disputa de resultados detalhados da eleição
Após a votação de 28 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela e o Tribunal Supremo do país declararam Nicolás Maduro como vencedor do pleito, com pouco mais da metade dos votos. No entanto, as atas divulgadas pela oposição apontaram a vitória de González, levantando suspeitas de fraude e desencadeando investigações. A oposição, juntamente com alguns países ocidentais e órgãos internacionais, questionaram a transparência da eleição e exigiram a divulgação completa das apurações pela autoridade eleitoral, com acusações de fraude sendo mencionadas abertamente.
Investigação sobre a eleição e emissão de mandado
Autoridades do partido governista acusaram a oposição de incitar a violência, resultando em investigações criminais contra líderes opositores, incluindo María Corina Machado e González, bem como o site responsável pela publicação das atas. Desde a eleição, o país testemunhou protestos que resultaram em 27 mortes e 2.400 prisões. O Conselho Nacional Eleitoral reafirmou a vitória de Maduro, acatando a decisão do Tribunal Supremo de Justiça, órgãos vistos como alinhados ao regime chavista. A proibição da divulgação das atas eleitorais, que comprovam o resultado da votação por zona eleitoral, gerou controvérsias e contestações por parte da oposição e da comunidade internacional.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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