Empresas, em um processo de migração, escolhem condomínios logísticos em regiões metropolitanas como base para suas operações, com companhias de transporte adotando estratégias de last mile para otimizar o setor de transporte e reduzir custos, enquanto estruturas logísticas modulares são implementadas para aumentar a eficiência.
A expansão do mercado de condomínios logísticos no Brasil, especialmente em áreas como a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), ganhou força no ano de 2024. A matriz de emprego da logística, que apresenta um destaque na base de produção de bens e serviços, impulsiona o crescimento do setor imobiliário, conduzindo à construção de condomínios logísticos de alta qualidade.
Estamos observando um cenário de maior demanda por condomínios logísticos, o que está impulsionado pela expansão do comércio eletrônico e a necessidade da indústria de se adaptar às novas necessidades de armazenagem e distribuição. A construção de tais empreendimentos não foi fornecida sem um planejamento cuidadoso, considerando os fatores de responsabilidade ambiental, sustentabilidade e segurança, tornando-os mais atraentes para investidores e empresas.
Tendências do Mercado de Condomínios Logísticos
A migração das empresas de galpões de rua para condomínios Triple A é um movimento positivo que está ganhando força no mercado. Segundo um relatório de mercado da SiiLa, em 2023, o setor de transporte e logística registrou um crescimento de 10,8% em metros quadrados de em condomínios logísticos de Classe A+, A e B. Este indicador mostra que o ‘Flight to Quality’ se tornou uma espécie de êxodo para grandes varejistas, farmacêuticas, transportadoras e companhias do comércio eletrônico, que podem otimizar suas entregas, especialmente com estratégias last mile.
A busca por empreendimentos classe A deve seguir em alta até 2025, considerando aspectos econômicos e de consumo no Brasil. A demanda liderada pelo e-commerce continua pressionando o mercado logístico a pensar e implementar soluções mais assertivas e adaptáveis. A necessidade de manter galpões com proximidade aos grandes centros de consumo deve se manter em alta, estimulando a adesão de estruturas logísticas modulares, que permitam realizar ajustes de acordo com a necessidade de cada operação.
Os condomínios se tornam uma peça-chave para a boa execução da estratégia omnichannel, que tende a seguir evoluindo, integrando lojas físicas, online e outros canais de distribuição em um único ecossistema. Além disso, a estratégia last mile tende a se tornar mais relevante, uma vez que os condomínios são capazes de oferecer galpões que são adaptáveis e que podem atender operações de todos os portes e segmentos.
Hubs Logísticos e Expansão Urbana
Em 2025, deve crescer a busca e o desenvolvimento de novos hubs logísticos em regiões metropolitanas que concentram número expressivo de consumidores. Cidades fora do eixo Rio-São Paulo, como Fortaleza (CE), São José dos Pinhais (PR), Gravataí (RS), entre outras, serão vetores fundamentais dessa expansão. A reforma tributária, que determina a tributação realizada no destino e não mais na origem, deve ser um fator importante para essa expansão.
A adesão de novas tecnologias e automação tem estimulado empresas do setor a pensarem em soluções tecnológicas e integradoras para o monitoramento de operações. Ao contar com soluções de tecnologia, as companhias podem otimizar o armazenamento e movimentação de mercadorias, se prevenindo de riscos que podem impactar e gerar prejuízos ao negócio, reduzindo custos imprevistos e aumentando a eficiência de suas equipes.
Mesmo com grandes oportunidades, o país ainda enfrenta desafios significativos em sua infraestrutura logística. O território extenso e a localização estratégica poderiam favorecer o Brasil no comércio global, mas problemas estruturais relacionados ao armazenamento e transporte de mercadorias ainda precisam ser resolvidos.
Fonte: © Estadão Imóveis
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