No hemisfério norte, ondas de calor extremas duram mais: riscos de visitas hospitalares por asma infantil aumentam em 19%. (Max: 148 caracteres)
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Extremas ondas de calor aumentam riscos de visitas hospitalares por asma infantil em 19% no hemisfério norte. (Max: 145 caracteres)
Uma pesquisa conduzida por especialistas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) revelou que as ondas quentes podem desencadear um aumento significativo nas ocorrências de problemas respiratórios, levando a um maior índice de internações hospitalares.
No entanto, os efeitos das ondas quentes não se limitam apenas ao período diurno, pois durante as ondas quentes noturnas, os casos de insônia e desconforto também se intensificam, evidenciando a necessidade de medidas preventivas e de cuidados redobrados com a saúde durante tais períodos.
Ondas Quentes: Impacto da Temperatura na Saúde Respiratória
Os resultados da pesquisa serão apresentados na Conferência Internacional da American Thoracic Society, que acontece em San Diego, na Califórnia, Estados Unidos, entre os dias 17 e 22 de maio. A asma é uma doença respiratória crônica caracterizada pela dificuldade de respirar, além da presença de chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas podem piorar à noite e nas primeiras horas da manhã ou devido à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e a mudanças climáticas, de acordo com o Ministério da Saúde.
Para entender como as altas temperaturas podem impactar no quadro de asma, pesquisadores analisaram dados eletrônicos de saúde dos Hospitais Infantis Benioff da UCSF. Os registros analisados eram de 2017 a 2020 e incluíam dados sobre visitas hospitalares de crianças por asma, além de dados demográficos, incluindo o CEP dos pacientes. Os pesquisadores também utilizaram dados do PRISM Climate Group da Oregon State University para determinar o tempo máximo diário (ondas de calor diurnas) e tempo mínimo (ondas de calor noturnas) para cada CEP. Eles restringiram suas análises entre junho e setembro, período historicamente mais quente nas regiões do hemisfério norte.
A equipe descobriu que as ondas de calor diurnas estavam significativamente associadas a chances 19% maiores de visitas hospitalares por asma infantil. Além disso, as ondas de calor que duraram mais tempo dobraram as chances de idas ao hospital devido à crise asmática, principalmente durante o dia. Não foram observadas associações entre ondas de calor noturnas e agravo da doença.
Morgan Ye, analista de dados de pesquisa da Divisão de Medicina Pulmonar e Cuidados Críticos, da UCSF, destaca: ‘Continuamos a ver o aumento das temperaturas globais devido às alterações climáticas geradas pelo homem, e podemos esperar um aumento nos problemas relacionados com a saúde à medida que observamos ondas quentes mais longas, mais frequentes e mais severas.’ Ye ressalta a importância de compreender os riscos para a saúde associados ao calor e às populações susceptíveis para futura vigilância e intervenções direcionadas.
Segundo os autores do estudo, pesquisas anteriores já sugeriram associações positivas entre calor e asma, mas esses achados conflitam com os dados sobre hospitalizações e atendimentos de emergência devido à doença em períodos de calor extremo. É essencial estar atento aos sinais de alerta e adotar medidas preventivas para proteger a saúde respiratória, especialmente em face das ondas quentes cada vez mais intensas.
Fonte: © CNN Brasil
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