Empresa: primeiro trimestre revelou lucro líquido de R$ 19.6milhões, mas decepcionou com queda em Ebitda, receita e marginem fraca. Devaluações, despesas e provisões subiram, causando problemas pontuais e queda em consumo de caixa. Previsões financieras foram alteradas. (145 caracteres)
A Oncoclinicas teve um desempenho desfavorável no mercado nesta terça-feira (14), após a empresa divulgar resultados considerados insatisfatórios no primeiro trimestre. As ações da Oncoclinicas apresentaram uma queda de 18,1%, atingindo o valor de R$ 5,57, e movimentaram um volume financeiro de R$ 70,4 milhões, um montante 173% superior aos R$ 25,8 milhões negociados no dia anterior.
No período inicial do ano, a Oncoclinicas registrou um lucro líquido de R$ 19,6 milhões, representando uma diminuição de 52,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa está buscando estratégias para reverter essa situação e retomar seu crescimento no mercado.
Oncoclinicas: Resultados Decepcionantes no Primeiro Trimestre
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) devalou-se em 12,8%, totalizando R$ 254,4 milhões. A receita, por sua vez, apresentou um aumento de 12,8%, atingindo R$ 1,5 bilhão. Esses números decepcionantes levaram o Banco Safra a ajustar sua recomendação sobre as ações da Oncoclinicas, passando de compra para neutra, e reduzindo o preço-alvo de R$ 16,50 para R$ 7,50.
Tanto a receita quanto o Ebitda ficaram aquém das expectativas do Safra, enquanto as despesas e provisões para devedores duvidosos tiveram um aumento significativo, resultando em uma margem fraca para a empresa. Analistas apontam que problemas pontuais, como um mix menos complexo de receitas não oncológicas e iniciativas para melhorar a eficiência operacional, impactaram o desempenho do trimestre.
O Goldman Sachs destacou negativamente o consumo de caixa da Oncoclinicas, que atingiu R$ 720 milhões, superando a projeção de R$ 430 milhões. Além disso, a dívida líquida da empresa aumentou consideravelmente, juntamente com uma dinâmica fraca de recebíveis, levantando preocupações sobre a alavancagem da companhia, enquanto o crescimento da receita desacelera.
O Citi também apontou para o aumento da alavancagem da Oncoclinicas, atribuindo-o a previsões de outra considerável queima recorrente de fluxo de caixa, no valor de R$ 433 milhões, devido a desafios contínuos de capital de giro. Apesar disso, o Citi acredita que alguns desafios enfrentados no trimestre atual podem ser amenizados no futuro, como a receita abaixo da média em março e a instabilidade nas contas a receber relacionada à migração de uma grande carteira de clientes.
A combinação de desaceleração do crescimento e enfraquecimento das margens pode continuar a impactar a Oncoclinicas por um período prolongado. É importante estar atento a todos os balanços e indicadores financeiros da empresa para compreender melhor a situação atual.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo