Pelo menos 4 ocupações já ocorreram no centro histórico de Porto após enchentes em maio, devido à falta de moradia e déficit habitacional.
As ocupações de imóveis desocupados têm se tornado mais frequentes em São Paulo. Pelo menos cinco ocupações foram registradas na região central da cidade desde o início do ano, com famílias em busca de moradias dignas. A mais recente ocupação, realizada na última sexta-feira (21), foi alvo de uma ação de despejo pela Guarda Civil Metropolitana (GCM).
Em meio a um cenário de moradias improvisadas e ilegais, as invasões de prédios abandonados têm gerado debates sobre políticas públicas habitacionais. A situação das famílias que vivem nessas condições precárias requer uma atenção urgente por parte das autoridades responsáveis. É fundamental encontrar soluções sustentáveis para garantir o direito à moradia para todos. enchentos
Ocupações improvisadas ganham destaque em Porto Alegre
A cidade de Porto Alegre tem sido palco de diversas invasões e ocupações ilegais nos últimos tempos, em meio a um cenário de enchentes e falta de moradia. Uma dessas ocupações, localizada no centro histórico, abriga atualmente cerca de 48 famílias, totalizando mais de 120 pessoas. O prédio em questão, que antes era o antigo Hotel Arvoredo e agora é conhecido como Ocupação Desalojados pela Enchente Rio Mais Grande do Sul, estava abandonado há mais de uma década.
Diferentemente de outras invasões recentes, essa ocupação não foi liderada por um movimento social organizado, mas sim por famílias que buscavam uma alternativa à falta de moradia. Liziane Pacheco Dutra, uma das ocupantes, relata que a decisão de se mudar para a ocupação ocorreu após a casa da família em Rio Branco ser inundada durante uma enchente.
‘Aqui em Porto Alegre existem vários prédios ociosos, sem utilidade social alguma’, comenta Liziane. Ela questiona a falta de ações efetivas por parte das autoridades, mencionando a possibilidade de reformar prédios abandonados para abrigar a população desabrigada. A ocupação O Rio Mais Grande do Sul, onde Liziane reside, é lar também de Carlos Eduardo Marques, que viu sua família perder tudo no bairro Sarandi.
Carlos relata que a situação se agravou com as enchentes que assolaram o estado, deixando milhares de pessoas desalojadas. Segundo dados da Fundação João Pinheiro, em 2019, o déficit habitacional em Porto Alegre ultrapassava as 87 mil moradias. As novas ocupações são um reflexo desse cenário preocupante, onde famílias como a de Carlos e Liziane se veem sem alternativas viáveis.
Apesar dos desafios enfrentados, os ocupantes resistem e buscam apoio para permanecer nos locais ocupados. Enquanto isso, a pressão das empresas proprietárias dos prédios aumenta, como no caso da ocupação O Rio Mais Grande do Sul, que enfrenta uma ação judicial para desocupação em um prazo de 60 dias. As famílias rejeitam a ideia de ir para abrigos temporários ou cidades provisórias, lutando por condições dignas de moradia e por não serem esquecidas pela sociedade.
Fonte: @ Agencia Brasil
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