Custo da medicação para os filhos pode chegar a R$ 41 mil por ano, criando um desafio financeiro e obsessão para os pais em garantir a saúde dos filhos com medidas extremas.
A Coreia do Sul encontra-se no centro de uma crise demográfica profunda, tendo a taxa de natalidade mais baixa do mundo, o que levou alguns países a adotarem medidas desesperadas para tentar mudar o quadro.
Nesse cenário, a ideia é aumentar a taxa de natalidade pela diminuição do custo da maternidade, como oferecer um auxílio financeiro aos pais que tiveram filhos, ou reduzir a jornada laboral das mulheres, o que impulsionaria a procriação. Essas são apenas algumas das medidas que podem ser adotadas para tentar combater a obsessão da baixa natalidade, que pode se tornar ainda pior com o passar dos anos.
Um cenário peculiar onde a altura é o foco principal
Em países como a Coreia do Sul, a obsessão pela altura dos filhos se tornou um problema de saúde pública. A sociedade sul-coreana valoriza a altura como um índice de sucesso, levando muitos pais a recorrerem a medidas extremas para garantir que seus filhos cresçam mais altos. Essa obsessão pela altura dos pequenos é uma manifestação da crença profundamente enraizada de que as pessoas mais altas têm mais chances de sucesso na vida. A altura se tornou um símbolo de status socioeconômico, refletindo a percepção de que uma boa saúde e nutrição estão associadas a uma maior altura.
Desespero e obsessão pela altura
Muitos pais se sentem pressionados a garantir que seus filhos cresçam mais altos, especialmente em um país onde a competitividade no mercado de trabalho é alta. A percepção de que a altura é um ativo em determinados setores profissionais reforça a ideia de que ser mais alto pode facilitar o sucesso na vida e nos negócios. No entanto, essa obsessão pode levar a consequências negativas, como o estresse e o desespero dos pais ao buscar tratamentos hormonais e suplementos para aumentar a altura de seus filhos.
Medicação e tratamentos extremos
Kim Shin-young, 43 anos, é um exemplo de pai que recorreu a injeções de hormônio de crescimento para seu filho de 11 anos. Apesar do alto custo financeiro, Kim administra injeções em seu filho todas as noites, seis dias por semana, com o objetivo de aumentar a altura de seu filho. O custo do medicamento pode chegar a 10 milhões de won anuais (cerca de 41 mil reais), representando um desafio financeiro substancial para os pais.
Desafios financeiros e limitações de reembolso
O reembolso do tratamento com hormônio de crescimento é limitado a casos de déficit de crescimento, síndrome de Turner, doença renal crônica pediátrica, síndrome de Prader-Willi e baixa estatura devido à síndrome de Noonan. As crianças diagnosticadas com alguma destas condições apenas precisam de pagar 5% do custo total, sendo o restante pago pelo Serviço Nacional de Seguro de Saúde (NHIS). Isso se traduz em uma despesa médica anual de aproximadamente 350 mil won a 500 mil won por criança para injeções de hormônio de crescimento.
Fonte: @ Minha Vida
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