A OAB confirmou que irá acionar o Supremo por descumprimento de norma nacional sobre atividades educacionais.
Via @cnnbrasil | A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) confirmou que tomará medidas legais para contestar a norma que restringiu as saidinhas e que se tornou mais rigorosa após o Congresso Nacional rejeitar um veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto de lei. A OAB planeja apresentar uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ao Supremo Tribunal Federal.
As saidas temporarias têm sido objeto de intenso debate e a OAB está determinada a garantir que os direitos dos detentos sejam respeitados. A discussão sobre as saidas temporarias é crucial para o sistema penal brasileiro, e a OAB busca assegurar que a legislação seja aplicada de forma justa e equitativa.
Discussão sobre as saidinhas temporárias de presos do regime semiaberto
A expectativa é para que isso já ocorra nos próximos dias, em virtude da derrubada recente do ponto vetado pelo Palácio do Planalto. Ao vetar, o governo permitiu a saída temporária de presos do regime semiaberto para visitar familiares. Ao derrubar o veto, na prática, o Congresso permite as saidinhas apenas em casos de atividades educacionais.
Histórico da OAB sobre as saidas temporarias
A OAB chegou a dar sugestões em um parecer encaminhado ao Palácio do Planalto durante a fase de análise pela Casa Civil do projeto de lei aprovado pelo Congresso, que posteriormente foram aceitas. Para a entidade, a lei é um retrocesso em termos de direitos humanos e uma violação da dignidade humana. A OAB também argumenta que, ao proibir as saidas temporarias, se impede a ressocialização dos presos e é criado um obstáculo à reintegração efetiva na sociedade. A Ordem também entende que saída temporária, como era prevista, era um instrumento de execução da pena privativa de liberdade voltado a fortalecer vínculos familiares, reduzir tensões carcerárias e possibilitar a reintegração social do preso. Para a OAB, o Estado tem como dever garantir que a execução da pena ocorra de modo humanizado.
Argumentos da OAB sobre o descumprimento da norma
A OAB ressalta que o descumprimento da norma que permitia as saidas temporarias para atividades educacionais representa um retrocesso no sistema penal. A entidade destaca que as saidinhas são fundamentais para a ressocialização dos presos e que a proibição pode gerar mais tensões no sistema carcerário. A OAB defende que a presidencia deve rever sua posição em relação a esse veto para garantir a efetividade das medidas educacionais no sistema prisional.
Posicionamento da OAB em relação ao veto presidencial
A OAB critica veementemente o veto presidencial que impede as saidas temporarias para atividades educacionais, argumentando que tal medida vai de encontro aos princípios de ressocialização e dignidade humana. A entidade destaca que a arguicao do Palácio do Planalto não considera os benefícios das saidinhas na reintegração dos presos à sociedade. A OAB reforça a importância de garantir que as atividades educacionais sejam parte integrante do processo de execução penal para promover uma verdadeira reinserção dos indivíduos na comunidade.
Impacto do descumprimento da norma nas atividades educacionais
O descumprimento da norma que permitia as saidas temporarias para atividades educacionais pode ter sérias consequências no sistema prisional. A falta de acesso a essas atividades pode prejudicar a ressocialização dos presos e aumentar as tensões dentro das unidades prisionais. A OAB alerta para a importância de garantir que as medidas educacionais sejam efetivamente implementadas, a fim de promover a reintegração dos indivíduos na sociedade de forma digna e humanizada.
Fonte: © Direto News
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