O livro Limite de Caracteres: Como Elon Musk destruiu o Twitter, a ser lançado no Brasil, revela os bastidores da aquisição da rede social pelo bilionário, envolvendo negócios e uma campanha intensa que afetou o direito pessoal de muitos usuários.
O livro Limite de caracteres explora a ascensão e queda do X, a rede social criada por Elon Musk, e como ele destruiu o modelo de negócios do Twitter, levando a uma reviravolta na forma como as pessoas interagem em redes sociais.
As redes sociais transformaram a forma como as pessoas compartilham informações e se conectam umas às outras. O Twitter é um exemplo disso, mas Elon Musk mudou a direção da nave. O X, uma plataforma de redes sociais, promete ser uma alternativa ao Twitter, mas sua viabilidade e o impacto nas sociais ainda são desconhecidos. Enquanto isso, o STF aguarda o pagamento de multas para permitir o funcionamento do X no Brasil.
A Máquina do Twitter
A narrativa do destino do Twitter, um dos Tigres da Rádio, é uma jornada fascinante que reúne o fascínio pela tecnologia e a fascinação pelo poder. Escrita pelos repórteres americanos Kate Conger e Ryan Mac, do jornal The New York Times, a obra retrata a aquisição da empresa por Elon Musk como uma história de ambiguidade, onde a linha entre o progresso e a regressão se confunde.
Um Negócio Estranho
A aquisição do Twitter por Musk foi concluída em outubro de 2022, por US$ 44 bilhões, e seguiu um processo polêmico, cujos detalhes mostram uma transação incomum no mundo dos negócios. A aquisição veloz não teve precedentes culturais ou sociais, e isso gerou suspeitas sobre a motivação de Musk. ‘Ele estava insatisfeito com os rumos tomados pela rede, contaminada por um suposto espírito progressista de censura que, segundo ele, ameaçava a democracia,’ avaliam Kate e Ryan.
O Poder da Rede Social
Musk era um dos usuários mais ativos da plataforma, tuitando sem papas na língua sobre todos os assuntos. Mas ele estava insatisfeito com a direção tomada pela rede social, e decidiu tomar as rédeas em suas próprias mãos. ‘Ele começou a comprar ações da empresa, para nove meses depois, assumir seu comando,’ relatam os repórteres. Esse tipo de transação não era comum, e gerou suspeitas sobre a capacidade de Musk de gerir a empresa.
Um Caos Sem Limites
O retrato do dono da Tesla e da SpaceX traçado pela dupla de repórteres não é nada lisonjeiro — um homem controverso, inconstante e sem limites para satisfazer seus desejos e suas convicções políticas. Além de dezenas de entrevistas, Kate e Ryan recorreram a documentos inéditos, que mostram o caos que se instalou quando o empresário assumiu a empresa com sanha revolucionária. ‘Ninguém sabia o que ele tinha em mente,’ relatam os repórteres. Em pouco tempo, não só demitiu metade dos funcionários, cerca de 3,7 mil pessoas, como afastou anunciantes, comprometendo a base do negócio do Twitter.
Uma Crise Financeira
Hoje, o X está mergulhado em dívidas. Em fevereiro passado, a Fidelity avaliou a plataforma em US$ 11,8 bilhões — uma desvalorização de 73% desde o momento em que Musk assumiu a companhia. Em meio a boatos de que manipularia informações, o primeiro gesto de Musk como líder da rede social foi aderir a uma teoria da conspiração grosseira. Ele espalhou na empresa uma reportagem falsa sobre o marido de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. ‘Aquele era o tipo de mentira tão absurda que só seria levada a sério por alguém de cabeça fraca,’ escrevem os jornalistas, ‘radicalizado pelas muitas horas que passava todos os dias na internet, isolado na própria bolha.’
Fonte: @ NEO FEED
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