Os bancos precisam priorizar o cliente e reduzir taxas de investimento para acompanhar a subida dos juros.
Faz uns quinze dias que fui contatado por meu consultor financeiro, que me informou sobre boas chances de investimento em títulos públicos. Nesse contexto, eu poderia aproveitar a ocasião para trocar algumas NTN-Bs, ou Tesouro IPCA+, que adquiri há algum tempo por outras que estavam sendo negociadas a taxas mais altas.
Além disso, ele me sugeriu considerar a diversificação da minha carteira de investimentos, incluindo a aquisição de um novo produto financeiro que poderia trazer retornos interessantes a longo prazo. Decidi seguir seu conselho e estou ansioso para ver os resultados dessa estratégia de investimento.
Explorando o ‘título’ e suas nuances
Em 2019, adquiri um ‘título’ com uma taxa de 5,80% e vencimento em 2029. No momento presente, ele está sendo negociado a 6,20%. Com a ‘subida dos juros’, o ‘título’ está sendo transacionado abaixo de seu valor nominal, impactando a rentabilidade da carteira de investimentos.
Vamos falar um pouco sobre o ‘mecanismo de marcação a mercado’. Quando investimos em um ‘título’ de renda fixa, estamos emprestando dinheiro ao emissor, que se compromete a reembolsar o valor acrescido dos juros acordados. Durante o período entre a compra e o vencimento, as ‘taxas de juros’ oscilam, afetando o valor do ‘título’.
Se as ‘taxas’ aumentam, o ‘título’ é desvalorizado no mercado. Isso significa que, se precisarmos vendê-lo nesse momento, receberemos menos do que o valor estabelecido no contrato. A ‘marcação à mercado’ entra em cena quando precisamos ajustar o preço do ‘título’ de acordo com as ‘taxas’ vigentes.
Ao final do prazo, o ‘título’ será resgatado pelo valor acordado, sem riscos em relação à rentabilidade contratada. No entanto, se decidirmos vendê-lo antes do vencimento, teremos que considerar a ‘marcação à mercado’ para compensar as variações das ‘taxas de juros’.
É fundamental compreender que o foco do assessor deve ser os objetivos de investimento do cliente, não apenas o ‘produto’ em si. A relação entre cliente e ‘produto’ deve ser equilibrada, visando agregar valor ao investidor. A ‘primazia do produto’ ainda é uma questão a ser superada no mercado financeiro.
No caso específico dos ‘títulos Tesouro IPCA+’, a compra foi realizada visando a aposentadoria. Os recursos serão utilizados futuramente, provavelmente em ativos líquidos e protegidos da inflação. A diferença entre as ‘rentabilidades’ de 5,8% e 6,2% não é determinante, considerando o horizonte de investimento e os objetivos financeiros estabelecidos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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