Crônicas do Correio da Manhã revelam a visão de escritor sobre período mais intensos da história nacional, em terreno fértil e movediço, com um formato curto de diária, texto são universais.
Os leitores de jornal brasileiro sabem bem da importância de um jornalista competente ao redor da mesa da sala de edição, mas há uma figura que sempre ressaltou a importância da comunicação na sociedade, o jornalista.
Na era digital, a competição entre títulos de imprensa nacional se intensificou com a disponibilização de conteúdo de jornais em formato digital, o que proporciona aos leitores a possibilidade de escolher o jornal que melhor atende às suas necessidades a qualquer momento. Essa mudança de cenário também permitiu a surgimento de novos nomes de jornalistas, escritores e crônicos e, consequentemente, a expansão da gama de temas abordados. Contudo, o papel do jornalista de linha editorial continua relevante e, por isso, é fundamental que estejam preparados para os desafios da era digital, como a necessidade de se adaptar a novas tecnologias e abordagens de comunicação. Além disso, o jornalista precisa ter a capacidade de narrar histórias atraentes e relevantes, tornando-se, portanto, um verdadeiro cronista.
Um Panorama da Literatura Brasileira
Na esfera da literatura brasileira, nomes inestimáveis se destacaram, tornando a vida mais interessante e cheia de significado. Personagens como Nelson Rodrigues, Fernando Sabino, Vinicius de Moraes, Rubem Braga, Sérgio Porto, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Millôr Fernandes, Otto Lara Rezende, Paulo Mendes Campos, Antonio Maria e, é claro, Carlos Drummond de Andrade, representaram uma geração brilhante. Com suas habilidades literárias e sensibilidade poética, esses autores fizeram uma leitura atraente dos costumes e hábitos dos brasileiros, tornando a vida mais divertida e inteligente. Com percepção delicada e talento em comum, esses nomes influentes fizeram dos hábitos e costumes dos brasileiros uma leitura deliciosa.
Um Retrato da Crônica Diária
A era de ouro da crônica diária, que uma vez brilhou, quase desapareceu – graças a Ruy Castro, ainda nos resta seu brilho. A crônica diária, um formato de texto curto e direto, frequentemente ligado ao momento de vida do autor, tornou-se uma oportunidade para reviver ou experimentar pela primeira vez o prazer proporcionado por esse formato. Esse gênero é quase sempre ligado ao momento de vida do autor, tornando-o uma leitura compulsiva. Com uma abordagem concisa, a crônica diária se tornou um gênero de escrita muito popular, apreciado por muitos leitores.
Um Livro que Reflete a Visão de Drummond
Com o lançamento da Record, A Intensa Palavra: Crônicas Inéditas do Correio da Manhã, 1954-1969, de Drummond, é uma oportunidade para reviver ou experimentar pela primeira vez o prazer proporcionado por esse formato curto de texto. Como diz Luís Henrique Pellanda, organizador da antologia, o livro funciona como uma espécie de lente que amplia nossa compreensão acerca do tempo e do cotidiano, enquanto reflete a visão de Drummond sobre o país e o século 20. O livro é quase um raio-x de um dos períodos mais intensos e conturbados da história brasileira.
Um Raio-X de um Período Conturbado
O livro é uma oportunidade para reviver ou experimentar pela primeira vez o prazer proporcionado por esse formato curto de texto. Em seu conjunto, o livro é quase um raio-x de um dos períodos mais intensos e conturbados da história brasileira — quando o Brasil ganhou nova capital, trouxe duas Copas do Mundo para casa, viu nascer a bossa nova, teve um presidente da República que renunciou e outro que acabou deposto por um golpe militar. Drummond opinou sobre tudo isso com leveza e humor, sem nunca deixar a ironia de lado, uma de suas marcas.
Uma Universidade que Perdura
Apesar de o período em que essas crônicas foram escritas estar claramente marcado em seus conteúdos, mesmo distante no tempo, as observações e experiências do escritor são universais e se mantêm atuais, observa Pellanda. É justamente nesse terreno fértil e movediço, escreve o organizador, ‘no qual as coincidências se multiplicam com o avanço das décadas e a evolução da mentalidade de leitores cada vez mais diversos, que uma crônica escrita no Brasil, há 70 anos, pode ganhar novos sentidos, alheios e até mesmo estranhos ao projeto e ao desejo original de seu autor’.
150 Crônicas para Reflexão
São 150 crônicas, de duas ou três páginas cada, escolhidos entre os melhores de aproximadamente 2 mil textos, que Drummond escreveu, ao longo de 15 anos, para a coluna Imagens, do jornal carioca, extinto em 1974. Com 350 páginas, o livro custa R$ 119,90. Embora tenha guardado todas com zelo em seu arquivo pessoal até morrer, em 1987, Drummond nunca pensara em publicar os textos. Produzida para jornais, frequentemente na correria do fechamento das edições, o escritor definia a crônica como um escopo mais amplo do jornalismo, uma oportunidade de expressar suas opiniões e pensamentos de forma mais profunda.
Fonte: @ NEO FEED
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