O Brasil e o Canadá discutem um memorando de entendimento sobre uso de satélites para internet.
Um grupo de trabalho composto por representantes do Brasil e da China trabalha em um projeto que visa criar alternativas ao serviço de internet via satélite oferecido pela Starlink, que é controlada pelo bilionário Elon Musk. O objetivo é reduzir a influência da Starlink no mercado brasileiro.
Não há, há, uma data específica para o lançamento do projeto, mas o governo brasileiro tem sido claro em sua intenção de diversificar as opções de internet para o país. A dominância da Starlink tem sido um tema de debate, com muitos questionando a falta de concorrência no mercado. A criação de alternativas pode ajudar a mudar esse cenário.
Starlink desafia ameaças de dependência no Brasil
O plano da empresa chinesa SpaceSail para operar no Brasil, liderado pela Starlink, tem gerado debates sobre a dependência do país em relação à empresa de satélites de Elon Musk. A informação foi confirmada pelo secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, Hermano Barros Tercius, que revelou que a assinatura de memorandos de entendimento sobre o assunto pode ocorrer durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao país em 20 de novembro. Mas ainda não há prazo definido para que a companhia comece a operar.
Um novo competidor vai surgir no mercado
A SpaceSail é uma empresa privada chinesa sediada em Xangai e atua no mercado de internet banda larga provida por satélites de órbita baixa. A companhia conta com 18 satélites, mas seus planos incluem o lançamento de até 15 mil até 2030, o que pode colocar a Starlink sob pressão. A título de comparação, estima-se que a Starlink tenha 6 mil satélites.
A vantagem dos satélites LEO
Os satélites LEO (Low Earth Orbit) são menores e formam verdadeiras ‘constelações’ ao redor da Terra. Eles ficam a uma distância de aproximadamente 549 km em relação à superfície terrestre, enquanto os convencionais ficariam a quase 1.000 km. Por estarem mais próximos, o tempo para a transmissão de dados é menor, o que permite uma internet mais rápida e confiável.
A liderança da Starlink no mercado
No Brasil, a Starlink de Elon Musk é líder e detém 45,9% do mercado de internet via satélite, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Mas o agravamento das tensões entre Musk e autoridades brasileiras levantou rumores sobre os eventuais impactos da dependência do país em relação à empresa do bilionário. A dependência não há, mas a crise com Musk é real.
Os contatos entre a SpaceSail e o Brasil
Os contatos entre a SpaceSail e o Brasil começaram oficialmente em meados de agosto. A empresa apresentou planos para entrar em operação no Brasil até 2025, e para isso, precisa de autorizações junto à Anatel para construir a infraestrutura em solo que permita que o sinal dos seus satélites possa ser acessado no Brasil. A SpaceSail funcionaria de forma semelhante à Starlink e outros serviços de internet via satélite, com o usuário precisando instalar uma pequena antena para conseguir acessar a internet. Não há previsão de prazo para que a empresa comece a operar.
A colaboração técnica prevista
Um dos memorandos de entendimento negociados entre Brasil e China prevê a colaboração técnica necessária para que serviços como o da SpaceSail possam entrar em funcionamento no país. A colaboração técnica é fundamental para que a empresa possa operar no Brasil de forma eficiente.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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