Aneel monitora planos de contingência de sete distribuidoras de energia do Sul e Sudeste que incluem medidas de contingência, tecnologias de automação e serviços essenciais de transmissão.
Preparativos para os desafios climáticos extremos estão sendo intensificados, com foco na energia como elemento fundamental para o socorro. O plano detalhado, obtido pelo NeoFeed, foi enviado ao Ministério de Minas e Energia pelas sete maiores distribuidoras de energia nas regiões Sudeste e Sul.
Com a chegada da estação chuvosa, sete distribuidoras de energia estão preparadas para responder aos eventos climáticos extremos. O plano, que incluiu os principais obstáculos, foi enviado ao Ministério de Minas e Energia. A energia elétrica é essencial para o socorro das comunidades afetadas. O setor elétrico está preparado para lidar com problemas de energia provocados por eventos climáticos extremos.
Medidas de Proteção para o Setor Elétrico
O documento elaborado pela pasta de energia do governo traz informações detalhadas sobre as ações já adotadas pelas concessionárias de energia elétrica em diferentes regiões do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná. Estas medidas visam enfrentar os impactos dos eventos climáticos extremos, como chuvas intensas, inundações e deslizamentos, que afetam o abastecimento de energia elétrica e colocam em risco a segurança pública. Para o próximo verão, entre dezembro de 2024 e abril de 2025, essas regiões estão vulneráveis a novas ocorrências climáticas extremas, e é crucial garantir que as medidas de proteção estejam em pleno funcionamento. Em setembro, antes da tragédia climática que atingiu São Paulo, as concessionárias de distribuição dessas regiões apresentaram planos de contingência para o verão de 2024/2025, com o objetivo de preparar-se para o período. A Enel SP, concessionária de São Paulo, afirmou que irá investir R$ 2,164 bilhões no ano, incluindo R$ 1,014 bilhão em melhorias na rede elétrica e R$ 469 milhões em novas conexões. A empresa também prevê realizar 600 mil podas de árvores até dezembro de 2024, o dobro do que ocorreu no ano anterior, com o objetivo de reduzir o risco de interrupções no fornecimento de energia. Além disso, a Enel SP está desenvolvendo projetos-pilotos em bairros da capital paulista, como Alto de Pinheiros e Parque dos Príncipes, com a implementação de tecnologias que visam criar uma rede elétrica mais resiliente. Essas ações incluem a reforma de 60 km de rede de transmissão, com instalação de religadores e equipamentos de automação, além do uso de um ‘Sistema de Recomposição Automática da Rede’, que inclui 10.426 equipamentos com telecontrole, com um equipamento instalado a cada 2 km de malha. A Enel SP também está contratando 940 equipamentos de geração emergencial para garantir serviços essenciais de utilidade pública, e projeta contratar cerca de 1.200 novos profissionais no ano que vem, dobrando o número de colaboradores próprios em campo. Contudo, mesmo com essas medidas, a Enel SP enfrenta críticas e ameaças de procedimentos administrativos, que podem levar à caducidade da sua concessão em alguns municípios. A Advocacia-Geral da União (AGU) já entrou com uma ação judicial contra a Enel, solicitando indenização por danos causados à população. Há necessidade de uma avaliação criteriosa dessas medidas para garantir que elas sejam suficientes para enfrentar os desafios climáticos, e que as concessionárias de energia elétrica sejam capazes de fornecer serviços essenciais de utilidade pública, mesmo em situações de crise. A energia elétrica é fundamental para a vida moderna, e é necessário garantir que as medidas de proteção sejam eficazes e que as concessionárias estejam preparadas para responder às necessidades da população.
Fonte: @ NEO FEED
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