Levantamento da ACE Ventures entrevistou 19 fundos, focando em relação com startups do portfólio e eficiência-operacional.
Essa edição do guia Venture Capital é uma ferramenta valiosa para investidores que buscam entender melhor os indicadores de desempenho mais importantes para startups após o investimento. Com foco em investimento, o guia destaca a importância de avaliar o investimento em startups com base em critérios como eficiência operacional e crescimento de faturamento.
O guia lista os principais indicadores de desempenho que os investidores esperam dos startups após um aporte significativo, incluindo investidores em fundos de capital de risco. Para startups em busca de aporte em fundos de capital de risco, entender esses indicadores é crucial para atrair investidores e manter o investimento sustentável a longo prazo. A taxa de queima de caixa é outro indicador importante, que deve ser acompanhada com atenção, já que um investimento em startups com uma queima de caixa excessiva pode ser arriscado.
Investimento estratégico: o aporte de confiança para o crescimento
O levantamento reúne entrevistas com 19 representantes de fundos de investimento, como Astella, Norte Ventures e Riverwood Capital. Esses especialistas assinalam que o investimento é apenas o início de um processo de crescimento, e não o objetivo final. Com o aporte de capital, as startups ganham fôlego para testar e executar sua visão, aumentando assim a expectativa dos investidores e do mercado em relação ao negócio, ressalta Pedro Carneiro, sócio e diretor de investimentos da ACE Ventures.
Investidores buscam eficiência-operacional e crescimento-de-faturamento
Carneiro destaca que os indicadores de investimento não seriam os mesmos se a pesquisa tivesse sido realizada antes do inverno das startups. Com o momento de escassez de capital, o tempo entre as rodadas aumentou, o que torna ainda mais crucial para as startups a eficiência operacional e a queima de caixa. Além disso, os investidores buscam validar a tese e prever a previsibilidade do retorno. ‘Esses critérios não dizem se uma empresa é boa ou não, mas refletem como está o mercado de investidores e o que eles estão buscando. Mudanças de mercado geram mudanças de comportamento’, afirma Carneiro.
Comunicação constante e transparência: a chave para o investimento
60% dos investidores consideram que a transparência nas comunicações é fundamental, enquanto 50% deles apontam que o acompanhamento das investidas é realizado por meio de relatórios mensais, que incluem informações como número de clientes, churn, receita líquida, margem ebitda, taxa-de-queima e métricas qualitativas. Além disso, 33,5% dos investidores mantêm uma comunicação constante por outros canais, como WhatsApp e e-mail.
Perfis de fundadores: abertura para ouvir feedbacks e comprometimento
Carneiro destaca que os fundadores devem ter em mente que gestoras têm teses e formas de trabalhar diferentes. ‘Há perfis mais envolvidos, que gostam de construir em parceria, enquanto outros são mais passivos. ‘Tem empreendedores que não querem contar com apoio, preferem seguir sozinhos. Estão mais próximos de pegar uma dívida em banco para crescer do que buscar cofundador com um aporte de venture capital’, afirma.
Investidores aguardam brecha na janela de IPOs no Brasil
Os investidores aguardam uma brecha na janela de IPOs no Brasil desde 2021 – ano em que a B3 registrou 46 aberturas de capital. Sete em cada dez fundos entrevistados veem com ceticismo a possibilidade de novos IPOs, citando o mercado pouco desenvolvido para abertura de capital na América Latina e experiências anteriores.
Fonte: @ PEGN
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