Desastres de enchentes atingiram 18% de brasileiros, principalmente no Rio Grande do Sul. Necessitam de materiais de limpeza, cobertores e abrigos. Chuvas fortes agravam desigualdades em cidades, favelas e periferias, afetando classes DE e AB, negros e brancos. Alagamentos nas ruas marcam pontos de enchentes ou desastres humanos.
Uma pesquisa inovadora conduzida pela PwC Brasil em colaboração com o Instituto Locomotiva revelou que 9 em cada 10 brasileiros reconhecem que os impactos das mudanças climáticas sobre a humanidade serão cada vez mais intensos. O estudo, que entrevistou 1.500 pessoas entre 26 de março e 10 de abril, antes do desastre ocorrido no Rio Grande do Sul, teve como propósito principal mapear a percepção da população em relação à crise climática global. Diante desse cenário desafiador, 89% dos participantes acreditam ser fundamental que as empresas adotem medidas para enfrentar as mudanças climáticas.
Com a crescente preocupação em relação às mudanças ambientais e mudanças meteorológicas, a conscientização sobre a urgência de ações efetivas para mitigar os impactos negativos se torna cada vez mais evidente. É crucial que a sociedade como um todo, juntamente com governos e organizações, se una em prol de soluções sustentáveis e inovadoras para lidar com os desafios impostos pelas mudanças climáticas. Somente assim poderemos garantir um futuro mais seguro e resiliente para as próximas gerações.
Impacto das Mudanças Climáticas nas Enchentes do Rio Grande do Sul
Materiais de limpeza, higiene e cobertores são necessidades críticas nos abrigos do RS, que enfrentam os desastres causados pelas enchentes. Nas últimas ocorrências, porcos foram vistos abandonados em uma linha de trem em Canoas, evidenciando a urgência de assistência. Com a diminuição das águas, mais de 545 toneladas de resíduos foram removidas das ruas de Porto Alegre, mostrando a extensão dos estragos.
A pesquisa revela dados alarmantes sobre a vulnerabilidade da população: 18% dos brasileiros já tiveram suas residências invadidas por enchentes, enquanto 63% temem enfrentar essa situação no futuro. Além disso, 74% receiam ser afetados por alagamentos em suas áreas de residência ou trabalho, e 38% relatam ter ficado impossibilitados de sair de casa devido a inundações nos últimos cinco anos.
A necessidade de lidar com as mudanças climáticas é urgente, especialmente ao considerar as desigualdades que afetam as comunidades mais carentes, como vilas, favelas e periferias. As disparidades socioeconômicas e raciais são evidentes, com as classes DE enfrentando mais alagamentos do que as classes AB. Da mesma forma, os negros têm sido mais impactados pelas enchentes do que os brancos.
A conscientização sobre as mudanças climáticas é generalizada, com 8 em cada 10 brasileiros percebendo chuvas mais intensas do que o habitual nos últimos anos. A maioria atribui esse fenômeno às atividades humanas, destacando a necessidade de ações imediatas para mitigar os efeitos adversos. A população observa um aumento nos pontos de alagamento e enchentes em suas cidades, com 95% apontando as atividades humanas como a principal causa.
Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, destaca a importância da atuação do setor privado no combate às mudanças climáticas, ressaltando a pressão dos consumidores por ações efetivas. As recentes ocorrências no Rio Grande do Sul evidenciam a urgência de medidas concretas para lidar com os impactos das mudanças ambientais e meteorológicas, protegendo as comunidades vulneráveis e promovendo a resiliência diante dos desastres naturais.
Fonte: @ CNN Brasil
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