Segundo o Ministério de Comércio chinês, a decisão dos EUA sobre revisão de tarifas em Seção 301 é um processo político de manipulação, que pode levar a compensação desenvolvimentista, impactando ligações e excesso de capacidade, saturando mercados e gerando retaliação.
O Ministério do Comércio do Brasil criticou as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos e alertou sobre impactos nas relações bilaterais, em comunicado divulgado nesta quarta-feira, 15. Já o presidente norte-americano, Joe Biden, defendeu a medida, alegando que protege o emprego no país.
Além das tarifas, o comunicado ressaltou a preocupação com os altos impostos e taxas que podem afetar diretamente a economia global. O debate sobre a política comercial entre os dois países promete ser intenso nas próximas semanas.
China denuncia manipulação política dos EUA na revisão de tarifas
De acordo com o comunicado emitido pelo órgão chinês, a recente decisão dos Estados Unidos foi considerada uma ‘típica manipulação política’ que ultrapassou os limites do processo de revisão de tarifas da Seção 301, desrespeitando as normas internacionais da Organização Mundial do Comércio (OMC). O ministério chinês expressou sua profunda insatisfação com essa postura, alertando que tal atitude impactará significativamente a atmosfera de cooperação bilateral entre as nações.
China pede correção imediata das tarifas adicionais impostas pelos EUA
O Ministério do Comércio da China alega que a ampliação das tarifas representa uma clara violação do compromisso feito pelo presidente norte-americano de não prejudicar o desenvolvimento do país asiático nem romper os laços existentes. A China já havia manifestado descontentamento com a composição original das tarifas da Seção 301, que abrangiam diversos produtos e recursos minerais chineses. Em vez de corrigir essa situação, os EUA persistem em agir unilateralmente, repetindo os mesmos erros, conforme apontado pelo comunicado oficial.
Biden defende tarifas para conter excesso de capacidade da China nos mercados
Em declarações recentes, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou a postura da China, acusando o país de criar uma excessiva capacidade produtiva em todas as suas indústrias e inundar os mercados globais para excluir outros competidores. Biden justificou as tarifas recentemente impostas como uma medida para proteger os empregos americanos, enfatizando que a China não deve continuar saturando os mercados com produtos como carros elétricos de baixo custo.
China poderá elevar taxas em resposta às medidas dos EUA, sugere Biden
Questionado sobre a possibilidade de retaliação por parte da China, Biden expressou confiança de que Pequim não buscará gerar conflitos internacionais devido às tarifas. No entanto, o presidente dos EUA admitiu a possibilidade de a China aumentar as taxas sobre determinados produtos como forma de contramedida. A tensão em torno das tarifas entre as duas potências econômicas continua a crescer, com ambos os lados defendendo seus direitos e interesses no complexo jogo político e econômico global.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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