Queda de J.P. Prates da presidência da estatal é mal-recebida. Mercado questiona escolha de Magda Chambriard, ideológica desenvolvimentista. Dialoga com gov. federal e Mercado de Nova York. Mudança de comando. Negativa reação. Primeiro trimestre: interferências políticas. Valor da bolsa de valores perde. Interina nominação. Resultados: perda, participação maior gov. na empresa.
A mudança no comando da Petrobras, anunciada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, pegou o mercado de surpresa e gerou diversas análises sobre os rumos da companhia. A saída de Jean Paul Prates do cargo de presidente da estatal causou impacto imediato nos investidores e levantou questionamentos sobre a estabilidade da empresa no cenário econômico atual.
A alteração no comando da Petrobras, com a change in leadership proposta por Lula, despertou debates acalorados entre os especialistas do setor. As incertezas em relação ao novo direcionamento da companhia e as possíveis consequências dessa mudança estão sendo amplamente discutidas nos meios financeiros e empresariais. É fundamental acompanhar de perto os desdobramentos dessa decisão para compreender melhor o impacto que ela terá no mercado como um todo.
Mudança no Comando da Petrobras: Repercussões e Impactos
Parte da incerteza com o anúncio da queda de Prates, na noite de terça-feira, 14 de maio, se deve à alteração no comando da Petrobras. A nomeação de Magda Chambriard, que trabalhou por mais de 20 anos na estatal e vinha atuando como consultora, trouxe consigo um perfil ideológico desenvolvimentista, mais alinhado com a participação maior do governo na empresa. Durante o governo Dilma Rousseff, Chambriard ocupou o cargo de diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A mudança no comando da Petrobras é vista com cautela por analistas do mercado, que apontam uma alteração no perfil de liderança da empresa. ‘A mudança é ruim, Prates estava fazendo um trabalho razoável, dialogando com o mercado e os representantes do governo; a Magda tem um viés diferente dos acionistas, menos pró-mercado’, afirma Frederico Nobre, chefe de análises da Warren Investimentos.
A reação negativa após a mudança repentina no comando da empresa foi evidente ainda na noite de terça, refletindo-se no mercado da Bolsa de Nova York. Os papéis PBR, equivalentes às ações ordinárias, sofreram uma perda de valor de 8% no after market. No pregão seguinte, os papéis da empresa continuaram em queda, com a ação preferencial (PETR4) registrando uma queda de 5,7% e a ordinária (PETR3) de -6,8%.
Com essas oscilações, a Petrobras viu seu valor de mercado diminuir para R$ 507 bilhões, uma redução de R$ 35,3 bilhões em relação ao dia anterior. Essa perda de valor é equivalente ao montante total das ações da Equatorial Energia.
A nomeação interina de Clarice Coppetti como presidente da Petrobras, após a saída de Prates, ocorreu em meio à divulgação dos resultados do primeiro trimestre da estatal, que ficaram abaixo das expectativas do mercado. A empresa registrou um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre, representando uma queda de 37,9% em relação ao ano anterior e de 23,7% em comparação com o trimestre anterior.
As constantes interferências políticas na Petrobras têm levado analistas a prever uma normalização dos papéis no curto prazo. Apesar das turbulências, as ações preferenciais da empresa valorizaram 50% nos últimos 12 meses, enquanto no ano a valorização foi de apenas 1,9%. O Goldman Sachs ressalta que, apesar dos conflitos entre a direção da empresa e o governo, a Petrobras tem visto uma recuperação progressiva.
Fonte: @ NEO FEED
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