Bilionário resolveu problema na cirurgia invasiva do primeiro paciente e planeja inserir chips em humanos para comunicação direta de sinais neurais.
O magnata Elon Musk revelou na quarta-feira (10) que a Neuralink retomará os implantes cerebrais em seres humanos, após solucionar um obstáculo que impactou a habilidade do paciente inicial de movimentar o cursor de um computador com o poder da mente, conforme divulgado pela AFP.
No campo da tecnologia de interface cérebro-máquina, a iniciativa da Neuralink, liderada por Elon Musk, representa um avanço significativo na integração de implantes cerebrais com dispositivos eletrônicos, promovendo possibilidades revolucionárias para a interação entre o homem e a máquina.
Neuralink: Avanços na Tecnologia de Implantes Cerebrais
A Neuralink, empresa cofundada por Elon Musk em 2016, tem como objetivo desenvolver uma interface cérebro-máquina para estabelecer um canal de comunicação direta entre o cérebro e os computadores. Inicialmente focada em devolver a autonomia a pessoas com necessidades médicas, especialmente aquelas com tetraplegia, a tecnologia da Neuralink promete ‘libertar o potencial humano’ no futuro.
O processo envolve a inserção de um dispositivo do tamanho de cinco moedas empilhadas no cérebro por meio de cirurgia invasiva. Isso permite que os usuários controlem dispositivos com a mente. Musk revelou durante uma transmissão ao vivo no X (ex-Twitter) que estão avançando para o segundo paciente e planejam realizar mais de cinco procedimentos ainda este ano.
Em maio de 2023, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) deu o sinal verde para testes clínicos do implante da Neuralink. Em janeiro, a empresa realizou a primeira implantação cerebral em um humano, Noland Arbaugh, de 29 anos, que ficou tetraplégico após um acidente de mergulho.
Após a operação, Noland foi capaz de jogar xadrez on-line usando apenas sua mente. No entanto, houve um contratempo quando alguns cabos revestidos de eletrodos se retraíram, temporariamente afetando sua capacidade de controlar o cursor da tela. A Neuralink resolveu o problema em maio, aprimorando o algoritmo para captar sinais neurais de forma mais sensível.
A empresa também avançou na implantação de cabos em maior profundidade no cérebro, visando melhorar as capacidades dos pacientes. Musk enfatizou que essa tecnologia proporcionará ‘superpoderes’ aos humanos, aumentando a largura de banda da conexão cérebro-computador para possibilitar uma comunicação mais rápida e eficiente entre humanos e inteligência artificial.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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