Ministro de Defesa israelense avisa: sem acordo com Hamas, ação militar em Rafah iminente. Representantes se reúnem para negociações de trégua, colapso próximo. Autoridades de Saúde e Gaza enfretam reféns hamaenses em centros de detenção israelenses. Hamas exige garantias, Israel dispõe suspender guerra, extremistas posicions escalam. Forças israelenses ameaçam invasão de Rafah, posições de Hamas firmes. Negociações em andamento, termos ainda por definir.
Delegados do governo de Israel e do grupo terrorista Hamas, que participaram de encontro nesse domingo (5) em Cairo, no Egito, com o intuito de debater um cessar-fogo na guerra, não conseguiram chegar a um entendimento para uma concordância de paz.
Apesar das negociações, o caminho rumo a um tratado de paz entre as partes envolvidas ainda não alcançou seu desfecho final. A busca por um acordo duradouro que traga estabilidade para a região continua sendo o foco central das conversas.
Crise nas negociações em busca de um acordo de paz
Um representante dos palestinos expressou preocupação com a atual rodada de negociações, apontando que ela se encontra em um ponto crítico, à beira do colapso. A saga da guerra que teve início em 7 de outubro de 2023, com o ataque do Hamas ao território israelense, resultou em tristes dados: 1.200 vidas ceifadas e cerca de 250 pessoas sequestradas, deixando ainda cerca de 130 reféns israelenses retidos na Faixa de Gaza. Desde então, as autoridades de Saúde de Gaza, sob controle do Hamas, relatam um cenário desolador, com quase 35 mil palestinos perdendo a vida e 77 mil feridos.
Impasse nas mediações e demandas divergentes
As autoridades do Egito têm atuado como mediadoras em negociações em busca de uma trégua, envolvendo representantes do Hamas, que viajaram até o Cairo para discutir os termos. Contudo, as tratativas não avançaram, e cada parte envolvida aponta o dedo para a outra pelo impasse persistente. As demandas do Hamas incluem o cessar-fogo, a libertação de prisioneiros e a garantia da retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza em troca da liberdade dos reféns.
Posturas e exigências distintas entre Hamas e Israel
O Hamas insiste na necessidade de um acordo abrangente de paz que contemple a cessação das hostilidades por parte de Israel, com garantias de retirada das forças e troca de prisioneiros. O líder do grupo, Ismail Haniyeh, responsabiliza Netanyahu por supostamente obstruir as tentativas de acordo. Do lado israelense, o governo cogitara inicialmente um cessar-fogo temporário e a libertação de prisioneiros palestinos em troca dos reféns, mas agora coloca o desarmamento do Hamas como prioridade absoluta para garantir o futuro de Israel.
Rumo à escalada e confronto em Rafah
Com as negociações num impasse, Israel alerta sobre a possibilidade de intensificar a ofensiva militar, principalmente em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. As autoridades israelenses indicam uma postura cada vez mais firme diante da suposta falta de comprometimento do Hamas com um acordo de paz. O ministro da Defesa, Yoav Gallant, enfatizou a prontidão das forças israelenses para uma eventual incursão militar caso o Hamas não mostre seriedade na busca pela pacificação.
A guerra na Faixa de Gaza segue em um cenário de incertezas e tensões crescentes, enquanto a busca por um acordo de paz permanece como o único caminho viável para colocar um fim à espiral de violência que assola a região.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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