Por que obras extensas atraem nova geração imersa em conteúdos breves como tiktok, conforme análise de especialistas em microdados do exame.
As produções gigantes vêm ganhando destaque nas redes sociais, atraindo tanto jovens quanto adultos ávidos por conteúdo de qualidade. Com a popularidade do TikTok, Reels, Shorts e Stories, fica evidente a preferência do público por vídeos mais curtos e dinâmicos, que se encaixem perfeitamente na rotina agitada do dia a dia.
No entanto, há quem prefira se aprofundar em filmes extensos e produções volumosas que proporcionam uma imersão mais prolongada e rica em detalhes. Apesar da tendência dos vídeos curtos, ainda existe espaço e apreciação para essa nova geração de obras mais longas, que cativam com narrativas complexas e impactantes, conquistando um público fiel e apaixonado por conteúdos mais elaborados.
Uma Nova Onda de Consumidores de Produtos Culturais
Em resumo, a prática de deslizar rapidamente pelo feed, em poucos minutos, tornou-se um comportamento comum entre uma nova geração que consome produções volumosas. Especialistas apontam que esse hábito é um dos motivos que afasta o público de filmes extensos, séries longas e leituras profundas. Analisando os microdados do exame Pisa 2018, realizado pelo Centro de Pesquisas em Educação, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), constata-se que a maioria dos estudantes brasileiros não se dedica a textos longos. Apenas uma pequena parcela leu materiais com mais de 100 páginas no mesmo ano.
A Revolução das Produções Gigantes
Em um mundo onde a tendência é por produtos curtos, cabe questionar: por que obras como Oppenheimer, vencedor do Oscar 2024 de Melhor Filme, possui três horas de duração? E séries como Uma Advogada Extraordinária, com episódios extensos, conquistam recordes de audiência? Sucessos como Assassinos da Lua das Flores e Avatar: O Caminho da Água demonstram que as produções gigantes ainda têm seu espaço, mesmo em um cenário que valoriza o conteúdo breve.
A Diversidade das Narrativas Longas
Filmes e livros extensos continuam a atrair o público, desafiando a ideia de que a era atual é destinada exclusivamente a conteúdos rápidos. O longa-metragem Oppenheimer e obras literárias como Uma Vida Pequena demonstram que a profundidade narrativa ainda tem seu valor. A saga Cidade da Lua Crescente, de Sarah J. Maas, com seus volumes extensos, conquistam não só leitores, mas também destaque nas redes sociais.
A complexidade por trás desse fenômeno é discutida por especialistas, como o crítico de cinema Marcio Sallem. Ele destaca a busca por conclusões satisfatórias, tanto em séries quanto em filmes, como um fator importante para o sucesso das produções gigantes. A experiência de imersão e a satisfação ao percorrer uma narrativa extensa são aspectos que atraem um público diverso, indo além das preferências da juventude.
Fonte: @ Metropoles
Comentários sobre este artigo