Bloqueio vira desafio maior para operadoras com uso de proxy reverso, tecnologia que dificulta ataques cibernéticos, afirma especialista em tecnologia.
O bilionário Elon Musk encontrou uma maneira de contornar o bloqueio imposto à plataforma X, antigo Twitter, no Brasil. Segundo relatos, Musk utilizou uma estratégia de proxy reversa para driblar a restrição, redirecionando o tráfego dos usuários brasileiros para os servidores da Cloudflare, uma empresa estadunidense especializada em serviços de segurança da internet.
A interrupção do acesso à plataforma no Brasil foi determinada por ordem judicial, mas Musk parece ter encontrado uma forma de burlar essa proibição. Com a estratégia de proxy reversa, os usuários brasileiros podem continuar acessando a plataforma, mesmo com o bloqueio em vigor. A criatividade de Musk em encontrar soluções para contornar obstáculos é notável, mas é importante lembrar que a decisão judicial ainda está em vigor e pode ter consequências legais para a plataforma.
Restrição ao Acesso: O Desafio do Bloqueio
A tecnologia da norte-americana é amplamente utilizada por sites de empresas e governos no Brasil para se protegerem de ataques cibernéticos. No entanto, se as operadoras tentarem impor uma proibição aos IPs usados pela companhia, elas afetarão muitos outros serviços essenciais. O Pix, inclusive, pode estar em jogo. Nesse cenário, mesmo que haja novas tentativas de interrupção da rede social, elas poderão ser facilmente contornadas.
O especialista em tecnologia Fabio Akita explicou que o bloqueio do X no Cloudflare não é impossível, mas também não é uma tarefa simples. Isso ocorre porque a empresa não tem representante legal no Brasil, apenas um telefone de vendas. Além disso, pode ser que a norte-americana demore para resolver este problema, já que sua jurisdição fica nos Estados Unidos, onde também está o X.
O Bloqueio e a Proibição: Uma Questão de Jurisdição
Nesta manhã, o aplicativo voltou a funcionar no celular de alguns internautas, depois de quase 20 dias de ter seu bloqueio determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, o órgão afirmou no momento que a decisão sobre o bloqueio da plataforma não foi revertida e que a falha provavelmente se tratava de uma instabilidade. A questão do bloqueio e da proibição continua a ser um desafio, especialmente quando se trata de uma empresa com jurisdição nos Estados Unidos. A restrição ao acesso pode ser uma medida necessária, mas também pode ter consequências não intencionais.
Fonte: @Baguete
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