Plataformas de vídeos como YouTube questionam direitos de distribuição e monetização de conteúdo musical de gravadoras. Licenças e direitos de distribuição e monetização discutidos. Origem de plataformas e marcas à beira de água.
O Musi, aplicativo que possibilita curtir músicas do YouTube de maneira gratuita, está gerando indignação entre as gravadoras e demais integrantes da indústria musical.
Recentemente, o Musi, um app de streaming de músicas gratuito, tem sido alvo de críticas por parte das gravadoras devido ao seu modelo de negócio inovador.
Musi: O App de Streaming de Músicas Gratuito Sob Escrutínio das Gravadoras
O Musi, conhecido app de streaming de músicas gratuito, tem sido alvo de críticas por parte de gravadoras e outros setores da indústria musical. A plataforma, que se tornou popular entre estudantes nos Estados Unidos, oferece uma alternativa aos serviços de assinatura como o Spotify. No entanto, as licenças e os direitos de distribuição e monetização dos conteúdos disponíveis no Musi estão sendo questionados.
A Popularidade do Musi e os Desafios da Indústria Musical
De acordo com dados da Sensor Tower, o Musi já foi baixado mais de 66 milhões de vezes desde o seu lançamento em 2013, com um aumento significativo de 8,5 milhões de downloads apenas no último ano. Além disso, o aplicativo frequentemente figura entre os cinco principais streamings de música na App Store.
A Wired revelou recentemente que gravadoras e outros representantes da indústria musical estão levantando questões sobre os direitos do Musi em relação à distribuição e monetização de conteúdos do YouTube. Uma grande gravadora expressou sua intenção de empreender medidas legais contra o aplicativo, destacando preocupações sobre a utilização não autorizada de videoclipes e marcas d’água de plataformas de origem.
Desafios Legais e Posicionamentos dos Envolvidos
Evelyn Swiderski, porta-voz da Vevo, distribuidora de videoclipes musicais, declarou à Wired: ‘Recentemente tomamos conhecimento do aplicativo Musi. Os videoclipes no aplicativo não foram licenciados pela Vevo, e a Musi está utilizando a marca Vevo em seu serviço sem autorização. A Vevo tomará as medidas cabíveis.’
Por outro lado, o Musi alega não hospedar os videoclipes em questão, ressaltando que alguns deles exibem marcas d’água do YouTube ou da Vevo. O advogado especializado em direitos autorais e professor da indústria musical, David Herlihy, da Northeastern University em Boston, explicou à Wired que, tecnicamente, o aplicativo não está violando nenhuma lei, uma vez que está apenas criando links para o YouTube, que detém as devidas licenças para os conteúdos.
Essa situação evidencia os desafios enfrentados pela indústria musical no que diz respeito à distribuição e monetização de conteúdos em plataformas de streaming, ressaltando a importância da proteção dos direitos autorais e das negociações entre as partes envolvidas.
Fonte: @Olhar Digital
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