Descrição: Em 2022, deputada Federal Carla Zambelli discutiu-se e o jornalista publicou um artigo de opinião internet sobre ela, chamando-a de “merceira-da-morte” e “extremista-direita”. Ela processou-o por calúnias e ofensas gratuitas, mas a crítica sobre sua imunidade foi admitida. Texto: “Deputada Federal Carla Zambelli acusa jornalista de calúnia e ofensas gratuitas. “Merceira-da-morte” e “extremista-direita”: seu ataque. Processo judicial aberta.” (148 caracteres)
O Ministério Público de São Paulo, o MP/SP, solicitou à Justiça a punição do comunicador Luan Araújo por injúria e difamação contra a parlamentar Federal Carla Zambelli. Em 2022, Zambelli perseguiu Araújo pelas ruas de São Paulo, armada, após um desentendimento político, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais.
Em outra frente, o promotor Roberto Bacal e o advogado Renan Bohus estão envolvidos no caso. Bacal defende a posição do MP/SP, enquanto Bohus representa os interesses de Luan Araújo. A situação entre Zambelli e Araújo continua a gerar repercussão na mídia e entre os cidadãos.
MP/SP toma posição contrária ao jornalista Luan Araújo em caso envolvendo Zambelli
Após o incidente, o profissional da imprensa teria escrito um artigo sobre o conflito, alegando que Zambelli ‘lidera um grupo de seguidores extremistas de direita’ e que ‘continua cometendo atos terríveis’. Em outro trecho, ele declara que Carla Zambelli faz parte de uma ‘direita radical mesquinha, maliciosa e que promove a morte’. Em resposta ao texto, a deputada entrou com uma queixa-crime contra Luan, e o Ministério Público se opôs ao processo. Agora, em uma reviravolta, o promotor Roberto Bacal emitiu um parecer contrário ao jornalista. O MP/SP defende a condenação de Luan Araújo, ameaçado por Zambelli.
O advogado Renan Bohus, representante de Luan, argumenta que não há novidades. Em entrevista ao Estadão, ele expressou surpresa com a postura do MP. ‘É uma segunda perseguição contra Luan. Ele já foi perseguido com uma arma de fogo. Agora, está sendo perseguido judicialmente.’ A coluna escrita pelo jornalista foi retirada por ordem judicial, aguardando o desfecho do processo.
No parecer, o promotor afirma que ‘desde o início do desentendimento, houve uma ofensa gratuita e intencional contra a deputada’. Segundo Bacal, após o primeiro ataque, Luan teria voltado a agredir a parlamentar em um ‘texto baseado em retaliação e ofensas, em uma situação pessoal vivida, não podendo se escudar na imunidade jornalística para difamar a vítima de forma desproporcional’. Além disso, o representante do Ministério Público aponta um excesso de linguagem na matéria jornalística, afirmando que ‘são acusações que, em princípio, atingem a honra subjetiva e objetiva da querelante e, portanto, ultrapassam os limites da análise crítica sobre um desentendimento entre as partes’.
Luan Araújo se defendeu perante a Justiça, alegando que não cometeu nenhum crime ao publicar o artigo e que apenas exerceu sua profissão, respaldado pela liberdade de expressão. O processo ainda está pendente de julgamento.
Relembrando o incidente, em 29 de outubro de 2022, a deputada Federal Carla Zambelli, apoiadora de Bolsonaro, sacou uma arma e perseguiu um homem negro em São Paulo. Em um vídeo, é possível ver a cena, com a deputada armada gritando e ordenando que o homem se deitasse. A situação se intensificou quando o policial militar que acompanhava Zambelli disparou sua arma. Posteriormente, a perícia concluiu que o disparo foi acidental. A deputada justificou suas ações alegando estar agindo em ‘defesa de sua honra’ e afirmou ter sido empurrada pelo homem, versão contestada por vídeos gravados por testemunhas.
Fonte: © Migalhas
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