Ministério Público da Paraíba notifica Uber para esclarecer prática de racismo religioso após matéria sobre mãe de santo. Procedimento cível aberto.
A empresa Uber do Brasil Tecnologia, com sede em São Paulo, foi notificada pelo Ministério Público da Paraíba para prestar esclarecimentos sobre casos de racismo religioso envolvendo motoristas que utilizam o aplicativo em João Pessoa. A denúncia destaca a importância de combater a discriminação por motivos religiosos em todas as esferas da sociedade.
É fundamental que medidas sejam tomadas para coibir práticas de preconceito religioso e garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos. A discriminação por motivos religiosos deve ser combatida com rigor, promovendo a diversidade e a inclusão em nossa sociedade.
Ministério Público da Paraíba notifica Uber por prática reiterada de racismo religioso
O Ministério Público da Paraíba notificou a empresa Uber pela prática reiterada de racismo religioso. A Notícia de Fato 002.2024.016457 foi instaurada pela promotora de Justiça Fabiana Maria Lobo da Silva, que atua na defesa da cidadania na capital, nesta terça-feira (26/03).
O procedimento foi iniciado após uma líder da religião de matriz africana candomblé denunciar, por meio de uma matéria jornalística incluída nos autos, a discriminação por motivos religiosos que sofreu.
A matéria relata que uma integrante de um terreiro em João Pessoa solicitou uma corrida na última segunda-feira (25/3) e o motorista designado enviou uma mensagem com teor racista religioso, cancelando o serviço em seguida.
A denunciante, identificada como mãe de santo, afirmou na reportagem que essa prática é comum e que não ficará em silêncio diante do preconceito enfrentado pelos membros da religião.
Prática de racismo religioso será apurada nas esferas criminal e cível
A promotora Fabiana Lobo esclareceu que a prática de racismo religioso será investigada em duas frentes: na esfera criminal, devido ao boletim de ocorrência registrado na delegacia, e na esfera cível, por meio do procedimento aberto pelo Ministério Público.
‘No âmbito cível, estamos avaliando a responsabilidade da empresa nesse caso. Esse motorista é vinculado de alguma forma à Uber, seja como parceiro ou contratado. A empresa precisa prestar esclarecimentos não apenas sobre este incidente, mas também sobre relatos de ocorrências anteriores semelhantes’, destacou a promotora.
Religiosos já relataram que ao solicitar corridas e ser identificado como membro de um terreiro, a corrida é cancelada. Nesse incidente específico, além do cancelamento, o motorista enviou uma mensagem racista à passageira.
Com informações da assessoria de imprensa do MP-PB. Clique aqui para acessar a notícia completa da ação do Ministério Público da Paraíba.
Fonte: © Conjur
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