Fernando Sastre acusado de lesão grave e homicídio doloso qualificado. Prisão preventiva solicitada, negada. Foragido, ministério pública busca habeas corpus no STJ. Crimes: lesão grave, homicídio doloso qualificado. Detenção pendente, pedido de depósito. Boleto de ocorrência: estabelecimentos, alcool. Promotoria de justiça de São Paulo negou prisão preventiva e boleto.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O motorista Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, foi detido nesta segunda-feira (6) após se entregar às autoridades. O motorista estava em fuga desde a sexta-feira (3), quando a Justiça decretou sua prisão preventiva. A Secretaria da Segurança Pública do estado confirmou a informação.
A acusação contra o motorista é grave, envolvendo lesão corporal em um homicídio. A detenção de Fernando ocorreu após sua prisão preventiva solicitada. A promotora do caso afirmou que ele se entregou logo após a petição ser negada. As circunstâncias do acidente ainda são investigadas, com relatos indicando que haviam motoristas alcoolizados envolvidos em colisões.
O acidente e suas consequências
Fernando é réu pelos crimes de lesão corporal gravíssima e homicídio doloso qualificado. No fatídico dia 31 de março, ele conduzia um Porsche a uma velocidade alarmante de 156 km/h pela avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo, quando atingiu o Renault Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo Silva Viana, 52 anos, resultando em sua trágica morte.
Além da vítima fatal, o acidente deixou Marcus Vinicius Rocha, 22 anos, com ferimentos graves. Marcus teve que ser submetido a uma cirurgia de emergência para a retirada do baço e permaneceu dez dias na UTI. Após receber alta, precisou retornar ao hospital em 28 de abril devido a complicações pós-cirúrgicas e possíveis lesões no joelho esquerdo.
O pedido de habeas corpus e a prisão preventiva
A defesa de Fernando interpôs um pedido de habeas corpus perante o STJ, alegando que a prisão preventiva decretada pela Justiça de São Paulo era ilegal e desproporcional. Porém, o Supremo Tribunal de Justiça ainda não deliberou sobre o caso.
A prisão preventiva foi requerida pelo Ministério Público de São Paulo, que havia solicitado a detenção do empresário em três ocasiões anteriores, todas negadas pela Justiça. No entanto, na última tentativa, o pedido foi aceito, e a justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva de Fernando.
Novos desdobramentos e a atuação do Ministério Público
A promotora do caso, Monique Ratton, alegou que o empresário exerceu influência sobre o testemunho de sua namorada, que prestou informações idênticas às da mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade. Além disso, foram revelados outros dois boletins de ocorrência em que Fernando esteve envolvido em acidentes automobilísticos.
Em um desses incidentes, duas pessoas em uma motocicleta foram atingidas pelo veículo de Fernando. O Ministério Público sustenta que o réu havia consumido álcool em estabelecimentos antes de dirigir no dia do acidente, além de ter sido imprudente ao conduzir a 156 km/h. A Promotoria destacou que o empresário demorou 36 horas para se apresentar às autoridades após a colisão, saindo do local com a permissão da polícia.
A ação do MP resultou no pedido de compartilhamento de provas para investigar possíveis infrações cometidas por agentes públicos que permitiram que o denunciado fosse levado ao hospital por sua mãe após o acidente.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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