Fotos da época da deputada Luiza Erundina serão estampadas para homenagear Marielle Franco, com consultores legislativos Márcio.
Revelaram-se nesta quarta-feira (10) fotos antigas do período da ditadura no Brasil nas dependências da Câmara dos Deputados. O acervo exposto busca resgatar a memória de um tempo marcado por autoritarismo e repressão.
A sessão solene agendada para esta quinta-feira (11) na Câmara dos Deputados tem como objetivo principal relembrar as vítimas de um regime autoritário que deixou marcas profundas na história do país. É fundamental manter viva a discussão sobre as consequências desse período de exceção, para que a sociedade continue vigilante contra qualquer ressurgimento de práticas antidemocráticas.
Reflexões sobre o Dia Internacional do Direito à Verdade
No Dia Internacional do Direito à Verdade, é crucial relembrar os acontecimentos históricos que marcaram a luta contra regimes autoritários e governos militares. Um desses eventos emblemáticos ocorreu em 24 de março de 1980, quando o monsenhor Óscar Arnulfo Romero foi brutalmente assassinado pela ditadura militar de El Salvador enquanto celebrava a missa, em defesa dos Direitos Humanos.
Nesta mesma data, 44 anos depois, ocorreu a prisão dos suspeitos de envolvimento no brutal assassinato da vereadora Marielle Franco. Esses fatos se tornam peças essenciais para a compreensão dos períodos de exceção, nos quais a verdade muitas vezes é ocultada em meio à opressão.
A importância de resgatar a memória desses eventos é evidenciada pelas imagens da época que estarão expostas no Hall da Taquigrafia, no Corredor Teresa de Benguela. Este espaço, por onde transitam políticos e cidadãos comuns diariamente, se torna palco para a reflexão sobre os horrores vivenciados sob ditaduras e governos autoritários.
A iniciativa de trazer essa exposição à luz foi da deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), que reconhece a relevância de manter viva a memória desses períodos sombrios da história. A seleção cuidadosa das imagens contou com a expertise dos consultores legislativos Márcio Nuno Rabat e Débora Bithiah de Azevedo, bem como com a pesquisa do Centro de Documentação e Informação da Câmara dos Deputados (CEDI).
Nos painéis expostos, a frase ‘O direito à verdade está entrelaçado ao direito da memória e ao direito à Justiça’ ecoa, lembrando a necessidade de transparência e accountability em sociedades que enfrentaram períodos sombrios de violações dos direitos humanos. Através dessas imagens e testemunhos, a busca pela verdade e pela justiça continua a ser um imperativo moral inegociável.
Fonte: @ CNN Brasil
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