Na semana passada, a União Europeia anunciou aumento de tarifas de até 48% para veículos elétricos chineses, impondo restrições às exportações.
As montadoras chinesas solicitaram que o governo aumente as tarifas sobre carros europeus importados movidos a gasolina em resposta às restrições da União Europeia às exportações de veículos elétricos fabricados na China, conforme reportagem do jornal estatal Global Times nesta quarta-feira (19). Em uma reunião realizada a portas fechadas na terça-feira (18), com a participação de montadoras europeias, a indústria automobilística chinesa enfatizou a necessidade de contramedidas firmes diante da situação, sugerindo a consideração positiva do aumento da tarifa provisória sobre carros a gasolina com motores de grande cilindrada, de acordo com a matéria.
A pressão das montadoras chinesas reflete a crescente competição no setor automobilístico global, com a indústria automobilística chinesa buscando proteger seus interesses diante das medidas adotadas pela União Europeia. A solicitação de aumento das tarifas sobre carros europeus importados movidos a gasolina é uma estratégia para equilibrar as relações comerciais e fortalecer a posição das montadoras chinesas no mercado internacional, demonstrando a determinação do país em defender seus interesses na indústria automobilística chinesa.
Montadoras chinesas pressionam Europa contra tarifas
As fabricantes de automóveis chinesas estão agindo estrategicamente para enfrentar as recentes restrições impostas pela União Europeia. Uma reunião crucial, promovida pelo Ministério do Comércio da China em Pequim, reuniu gigantes do setor, como SAIC, BYD, BMW, Volkswagen e sua divisão Porsche. O objetivo principal do encontro foi exercer pressão sobre a Europa e fazer lobby contra as tarifas anunciadas pelo bloco para proteger a indústria automobilística chinesa.
Além das montadoras mencionadas, a presença da Mercedes-Benz, Stellantis e Renault também foi destacada. A união dessas empresas reflete a preocupação mútua diante do aumento das tarifas e das possíveis restrições às exportações de veículos chineses para o mercado europeu.
Especialistas da indústria automobilística alertam para a necessidade de um acordo entre Europa e China nos próximos meses. Isso evitaria um impacto significativo nos custos das fabricantes chinesas de veículos elétricos, que poderiam enfrentar bilhões de dólares em despesas adicionais.
Stefan Hartung, presidente-executivo da Bosch, ressaltou a importância de evitar um cenário de tarifas, destacando a necessidade de diálogo entre Bruxelas e Pequim. A Comissão Europeia, por sua vez, manifestou interesse em encontrar uma solução mutuamente aceitável para a situação em questão. A incerteza paira sobre o futuro das relações comerciais entre as duas potências automobilísticas, mas a busca por contramedidas e acordos continua sendo uma prioridade para ambas as partes.
Fonte: @ Info Money
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