Formação de equipe em 30 dias para investigar invasão de contas bancárias, crimes virtuais e boletos falsos, com técnicos do governo.
Os crimes financeiros cibernéticos, tais como fraudes financeiras, roubo de senhas e invasão de contas bancárias, afetaram mais de oito milhões de brasileiros apenas no ano passado, dos quais a maioria (63%) conseguiu reaver o dinheiro, sendo que 36% recuperaram o montante total perdido no golpe e 20% receberam até mesmo uma quantia adicional por danos morais, de acordo com informações da Confederação Nacional de Dirigentes Logistas (CNDL) e do SPC Brasil.
Os crimes financeiros cibernéticos são uma ameaça crescente no mundo digital, onde crimes virtuais, delitos financeiros e crimes digitais estão se tornando cada vez mais sofisticados. É essencial que os usuários estejam atentos e adotem medidas de segurança rigorosas para se proteger contra essas práticas ilegais. A conscientização e a educação sobre os crimes financeiros cibernéticos são fundamentais para evitar prejuízos e proteger as informações pessoais e financeiras dos indivíduos.
Combate aos Crimes Financeiros Cibernéticos
A crescente incidência de crimes financeiros cibernéticos, incluindo fraudes financeiras, crimes virtuais e crimes digitais, tem sido motivo de preocupação. Especialmente com a utilização de senhas e invasão de contas bancárias, por meio de boletos falsos, essa modalidade criminosa tem se expandido. Para lidar com essa questão, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estabeleceram um Acordo de Colaboração Técnica.
Parceria Estratégica entre MJSP e Febraban
O acordo foi oficializado durante a visita do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, à sede da Febraban. Após uma reunião com representantes bancários, ficou estabelecido que a parceria terá uma duração inicial de dois anos, podendo ser prorrogada por até 60 meses. O objetivo é unir recursos técnicos do governo e dos bancos para combater esses delitos financeiros.
Atuação Conjunta para Combater os Crimes Virtuais
Com a troca de dados técnicos, tecnologias e expertise, além do treinamento de recursos humanos, a parceria visa encontrar soluções para conter o avanço dos crimes financeiros cibernéticos. Já foram realizadas cerca de 200 operações, com o cumprimento de 445 mandados de busca e apreensão e 85 prisões, entre 2018 e 2023.
Objetivos e Estratégias de Segurança Financeira
O ministro Lewandowski destacou a abrangência da atuação conjunta, visando não apenas os ilícitos penais, mas também os civis e os praticados contra o consumidor. A proposta é apresentar em breve soluções para enfrentar a criminalidade organizada, por meio da construção da Estratégia Nacional de Segurança Financeira.
Parcerias e Iniciativas de Prevenção
Além do acordo com a Febraban, foram mencionadas outras parcerias em fase de consolidação, que envolvem a troca de informações e medidas educativas e preventivas contra crimes cibernéticos. A doação de equipamentos de alta tecnologia pela Febraban à Polícia Federal para combater ransomware é um exemplo dessas ações.
Atualização da Legislação e Combate à Lavagem de Dinheiro
Lewandowski ressaltou a importância de atualizar a legislação relacionada ao combate à lavagem de dinheiro, abrangendo outros crimes como o Garimpo Ilegal e o tráfico de drogas. O trabalho conjunto entre entes públicos e privados é fundamental para aprimorar as estratégias de combate à criminalidade.
Enfrentando Desafios e Fortalecendo Parcerias
A infiltração do crime organizado em governos, especialmente durante as eleições, é uma preocupação. O MJSP está colaborando com o Tribunal Superior Eleitoral para triagem de antecedentes de candidatos. A parceria com a Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal para tratar fraudes no INSS também é parte dos esforços para combater os crimes financeiros cibernéticos.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo