Nísia Trindade: Operação de emergência, medidas de enfrentamento, alerta de saúde pública. Risco de disseminação global, potencial nova pandemia. Alerta aos viajantes, plano de contingências.
O Ministério da Saúde, representado pela ministra Nísia Trindade, anunciou hoje a criação de um Comitê de Operação de Emergência para combater a propagação da mpox, doença que tem gerado preocupação entre autoridades de saúde em todo o mundo.
A decisão do Ministério da Saúde em estabelecer esse Comitê reflete o compromisso do Governo Federal em proteger a população e coordenar ações eficazes no âmbito da saúde pública. As autoridades sanitárias estão trabalhando em conjunto para garantir uma resposta rápida e eficiente diante desse desafio global.
Ministério da Saúde: Operação de Emergência e Medidas de Enfrentamento
Mais cedo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o cenário de mpox na África constitui emergência em saúde pública de importância internacional em razão do risco de disseminação global e de uma potencial nova pandemia. Este é o mais alto nível de alerta da entidade. Apesar disso, de acordo com as autoridades sanitárias, o momento é de alerta, mas não de alarme. O Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, está tomando medidas de enfrentamento da situação.
Nós vamos instituir um Comitê de Operação de Emergência, envolvendo Ministério da Saúde, Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], conselhos de secretários municipais e estaduais de saúde. Já estávamos acompanhando, tivemos reunião de especialistas, há duas semanas, desde que começaram os casos, e essa possibilidade [de disseminação da doença], e vamos analisar as questões como vacina. Não há motivo de alarme, mas de alerta, afirmaram as autoridades sanitárias, no Palácio do Planalto, após participar de um evento de anúncio de investimentos na indústria da saúde.
Entre as medidas que devem ser adotadas, segundo o Ministério da Saúde, estão a aquisição de testes de diagnóstico, alerta para viajantes e atualização do plano de contingências. O Governo Federal está atento à situação e tomando as medidas necessárias para proteger a saúde pública. Sobre vacinas, por enquanto, não há previsão de imunização em massa. No ano passado, a imunização contra a doença foi realizada em um momento de emergência em saúde pública de importância internacional, com o uso das doses liberadas pela Anvisa de forma provisória. Essas doses também foram usadas para pesquisas científicas.
A avaliação do Ministério da Saúde é que a nova onda da doença apresenta risco baixo neste momento para o Brasil. Dados do ministério apontam que, em 2024, foram notificados 709 casos de mpox no Brasil e 16 óbitos, sendo o mais recente em abril do ano passado. Já em âmbito global, este ano, os casos já superam o total registrado em 2023 e somam mais de 14 mil, além de 524 mortes. Em maio de 2023, quase uma semana após alterar o status da covid-19, a OMS declarou que a mpox também não configurava mais emergência em saúde pública de importância internacional. Em julho de 2022, a entidade havia decretado status de emergência em razão do surto da doença em diversos países.
A doença mpox é uma doença zoonótica viral, cuja transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo