Facebook, Instagram e WhatsApp usam dados para treinar IAs generativas; ANPD e MPF pedem multa por proibir termos de treinamento de modelos.
A Meta iniciou o processo de eliminação de funcionalidades de inteligência artificial (IA) no Brasil que requerem a coleta de dados de usuários para o treinamento de modelos de linguagem. Essa ação está sendo tomada em resposta a pedidos de entidades como a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que apontam diversas irregularidades por parte da empresa. Segundo informações do jornal Folha de S.
As recentes ações da Meta refletem a importância da proteção de dados dos usuários, especialmente em plataformas digitais como o Facebook. A empresa está buscando se adequar às regulamentações locais e garantir a transparência em suas práticas. A ANPD está atenta às ações da companhia e continua monitorando de perto suas atividades no país.
Meta enfrenta proibição da ANPD em treinar IAs com dados de brasileiros
Paulo, os usuários das redes sociais foram impactados pela perda de acesso ao criador de figurinhas que utiliza inteligência artificial no WhatsApp. A empresa, Facebook, afirmou que, além disso, os recursos do Facebook e Instagram podem atrasar sua disponibilidade no país ou até mesmo não serem lançados aqui. A batalha entre a Meta e a ANPD sobre a decisão de proibir a empresa de treinar Inteligências Artificiais com dados de brasileiros foi divulgada pela primeira vez em 2 de julho. A ANPD, responsável pela aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), emitiu a determinação com uma multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
A acusação envolve os ‘riscos de dano grave e de difícil reparação aos usuários’ na nova política da empresa. Os argumentos destacam a falta de transparência da Meta ao informar os usuários sobre o tratamento de dados, a ausência de facilidade para solicitar a exclusão de perfis na coleta e a possibilidade de uso de dados pessoais de crianças e adolescentes. O WhatsApp é um dos serviços afetados pela decisão.
Nos dias subsequentes, o governo brasileiro concedeu um prazo para que a empresa esclarecesse sua política de privacidade, porém a ANPD manteve a proibição mesmo assim. Simultaneamente, o Ministério Público Federal (MPF) e o Instituto de Defesa dos Consumidores (Idec) deram início a uma ação civil pública contra o WhatsApp em 16 de julho.
Em caso de condenação, a empresa terá que pagar uma indenização de R$ 1,7 bilhão por ‘danos morais coletivos’ e ‘violação de direitos dos usuários’. A ação civil também criticou a atuação da própria ANPD, alegando que ela deveria ter impedido anteriormente a coleta de dados dos brasileiros no aplicativo. A União Europeia também anunciou uma investigação sobre a Meta por suposto impacto negativo das redes sociais em crianças.
Fonte: @Tech Mundo
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