Agentes estão divididos sobre próximo passo do Copom; projeções para dólar sobem de R$ 5 para R$ 5,10, com onda de revisões e aumento das incertezas.
A recente volatilidade nos cenários econômicos, tanto nacional quanto internacional, está influenciando diretamente as projeções para a Selic. Especialistas estão debatendo intensamente sobre o próximo movimento da taxa de juros e como isso afetará a economia no curto e médio prazo. As expectativas estão em constante mudança, refletindo a sensibilidade do mercado às variáveis que impactam diretamente a Selic.
Os analistas estão atentos aos indicadores que podem guiar as decisões do Copom em relação à taxa básica. A incerteza que paira sobre o ambiente econômico tem levado a projeções divergentes, impactando diretamente as estimativas para a evolução da Selic. É fundamental acompanhar de perto os desdobramentos que podem influenciar a taxa de juros nos próximos períodos, mantendo-se preparado para possíveis cenários de volatilidade no mercado financeiro e nas políticas monetárias.
Aumento das Incertezas: Selic e Câmbio em Destaque
O panorama econômico nacional segue sob os holofotes, com a lente ajustada para as movimentações tanto da taxa básica de juros, a Selic, quanto para a volatilidade cambial. Em meio a um cenário de aumento das incertezas, o valor do dólar frente ao real deu um salto expressivo, passando de R$ 5 para R$ 5,10 no encerramento do ano.
Segundo um levantamento realizado pelo Valor junto a 93 instituições financeiras, as projeções apontam para possíveis cenários divergentes em relação à política monetária. Metade dos entrevistados espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) siga a tendência de cortes e promova uma redução de 0,5 ponto percentual na Selic em maio. Já os outros 43 participantes apostam em um ajuste mais moderado, com uma diminuição de 0,25 ponto.
O atual patamar da taxa de juros está em 10,75% ao ano, e a expectativa de redução para os próximos anos sofreu uma onda de revisões. Não menos notável é a mudança na percepção geral em relação à margem que o Banco Central terá para continuar diminuindo a Selic em 2024 e 2025. O consenso anterior, registrado em março, apontava uma mediana das previsões para a taxa de juros no final do ciclo em 9%, cifra que agora foi revisada para 9,75%, superando até mesmo a estimativa do Boletim Focus, que se encontra em 9,13%.
Essa tendência de aumento nas previsões se reflete também na perspectiva para a taxa de juros no final do próximo ano, que subiu de 8,5% para 9%. A mudança na trajetória dos juros básicos indica uma possível mudança no cenário econômico a ser acompanhada de perto. Para mais detalhes sobre essa análise, consulte a matéria completa no Valor Econômico.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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